A melhor dos últimos anos

Perspectiva de clima
e preços favoráveis
animam produtores
de Santa Catarina
.

A colheita do arroz nas lavouras catarinenses, que teve início em janeiro, deverá ser concluída em abril, com a expectativa de produção estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 1.058,2 milhão de toneladas. De acordo com o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri, os produtores estão otimistas em razão dos preços, “acima do esperado para a época”, e das boas condições climáticas. “Se continuar assim, esperamos colher a melhor safra dos últimos anos”, prevê o dirigente.

Barbieri explica que a safra 2012/13, apesar de excelente, foi marcada por problemas pontuais, sobretudo na Região Sul, responsável por 50% da produção catarinense. “Tivemos algumas perdas devido ao tempo seco e às chuvas de granizo e chegamos a colher, em média, 120 sacas por hectare. Mas isso não comprometeu o desempenho da colheita como um todo. Neste ano, o clima está sendo favorável, o que tem permitido um bom desenvolvimento do cultivo. A previsão, se tudo continuar correndo bem, é de colhermos 145 sacas por hectare, ou seja, acima de 7.250 quilos por hectare. Quem antecipou as plantações já está colhendo o produto e comemora a boa safra”, destaca.

O plantio do arroz no estado, que teve início em agosto e foi concluído em novembro, conforme o levantamento da Conab, transcorreu dentro da normalidade. “A área se manteve praticamente a mesma, em 150 mil hectares, mas a produtividade deverá ser 3,3% maior, em torno de 7.050 quilos por hectare, na média estadual”, avalia o presidente do Sindicato Rural de Jaguaruna (SC) e membro da Câmara Setorial do Arroz no Mapa representando a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Rui Geraldino Fernandes.

Com este desempenho, Santa Catarina se mantém firme como segundo maior produtor de arroz nacional. “Ainda estamos no início da colheita. Tivemos, por exemplo, um atraso no plantio no norte catarinense devido às baixas temperaturas registradas em agosto, o que acabou atrasando o desenvolvimento das lavouras. Por essa razão, teremos produtores colhendo mais tarde, mas, de modo geral, o trabalho mais intenso de colheita ocorre a partir da segunda quinzena de fevereiro”, aponta o economista e analista de mercado da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri-Cepa), Luiz Marcelino Vieira.

PREÇOS
Para Vieira, além da perspectiva de clima favorável até o final da safra, o que está animando os produtores neste início de ano são os preços praticados no estado. “Os preços estão bons, em média R$ 34,00 e R$ 35,50. Isso vem proporcionando uma boa remuneração aos produtores, que poderão investir mais nas lavouras, especialmente em tecnologia e máquinas”, observa.

Esta avaliação é compartilhada pelo vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri: “Os custos de produção estão mais altos em razão da elevação do dólar e o preço final caiu um pouco. Mas, como o ano passado foi sensacional, muitos produtores adquiriram os insumos para esta safra antecipadamente. Assim, é possível prever uma boa margem de lucro para os produtores, principalmente para aqueles que fizeram um planejamento da lavoura”, estima Barbieri.

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