A nova guerra do Paraguai em Planeta Arroz
Revista Planeta Arroz circula com o que é notícia no mundo arrozeiro.
Com distribuição antecipada aos seus assinantes, e massiva na Expoarroz 2019, a Revista Planeta Arroz de maio trouxe a inquietação da cadeia produtiva do arroz do Brasil com as importações do Paraguai e as assimetrias do acordo que criou o Mercado Comum do Sul (Mercosul) para este setor como manchete de capa. “A nova guerra do Paraguai” mostra posições de dirigentes e produtores brasileiros e paraguaios na disputa pelo mercado do Brasil, o impacto das importações e como isso reflete numa lavoura em Santa Catarina, no Mato Grosso ou no Rio Grande do Sul.
O fato é que as indústrias do Sul e do Centro-Oeste estão perdendo cada vez mais espaço no centro do país. E o potencial de crescimento do país vizinho preocupa mais ainda. O Paraguai pode alcançar até 500 mil hectares de produção em 10 anos, segundo lideranças políticas do país vizinho, com a abertura de áreas no Chaco e investimentos previstos em barragens.
Nas atuais condições do Mercosul, que estabelece parâmetros igualitários de comercialização, mas tem diferentes modelos tributários e comerciais para os insumos, e custos de energia, terra e mão-de-obra, não há como competir. E essa derrocada leva junto a Argentina e o Uruguai. A decisão do governo brasileiro em rever o acordo para o arroz e mais um conjunto de produtos agrícolas é saudada pelos produtores. Mas, é preciso agir e chegar à prática, pois de teoria e esperança a cadeia produtiva está vivendo há 20 anos.
Planeta Arroz também traz uma entrevista especial com o superintendente do Porto de Rio Grande, Fernando Estima, que fala sobre os desafios arrozeiros para a exportação e avanços previstos para a estrutura portuária por onde passam 90% do arroz que o país exporta. O Laboratório de Grãos da Universidade Federal de Pelotas (Labgrãos/UFPel) também é alvo de uma reportagem: “O grão passado a limpo” aborda a base científica e a pesquisa que atesta e ajuda a controlar e melhorar a qualidade do arroz gaúcho e ainda colabora com inovação científica para os processos industriais e de pós-colheita.
A BRS Pampeira, cultivar da Embrapa, é apresentada em detalhes, bem como é detalhada a chegada do sistema Provisia, da Basf, na orizicultura brasileira e o lançamento de um novo defensivo da empresa. A Satake também apresenta novo equipamento para manter a produtividade e a qualidade do arroz nas indústrias arrozeiras e os pesquisadores que integram o sistema SimulArroz, definem “Quanto é a produtividade potencial, atual e a lacuna de produtividade do arroz irrigado no Brasil” em um artigo.
Em matéria especial, apresentamos o arroz sertanejo. O arroz vermelho, também conhecido como “arroz da terra” produzido há três séculos no Nordeste, ganhou o impulso e a tecnologia da pesquisa por meio do melhoramento genético e de um conceito de manejo para maior produtividade e qualidade. O pesquisador José Almeida, da Embrapa Meio Norte, detalha o projeto, seu impacto e fatores culturais que preservam e mantêm esse tipo de cultivar agregado ao consumo regional.
Além disso, nossos analistas falam sobre as tendências do mercado e das safras no mundo, no Mercosul, no Brasil e nos principais estados produtores, avaliam o mercado internacional e a balança comercial brasileira, as expectativas para a economia. Também apresentamos o novo presidente da Federarroz, Alexandre Velho, e seus planos, antecipamos as iniciativas do reconduzido presidente do Irga, Guinter Frantz, e da presidente da Associação de Arrozeiros de Alegrete, Fátima Marchezan, que ficará mais três anos à frente de sua instituição.
Diversas outras informações sobre pesquisa, tecnologia, manejo, mercados, indústrias, produção, gente do arroz, curiosidades, gastronomia, a coluna Arroz & Saúde de Lívia Carvalho, Planeta Humor com Jader Correa, e Planeta Gente, trazendo quem faz sucesso e se destaca na cadeia produtiva, estão na Planeta Arroz 71. Para ler, assinar, anunciar ou obter mais informações www.planetaarroz.com.br, planetaarroz@planetaarroz.com.br , e (51) 3722 9696.
Sobre Planeta Arroz
A revista Planeta Arroz impressa circula há 20 anos nos principais estados produtores de arroz do Brasil e do Mercosul, de maneira ininterrupta, com edição trimestral. É parte das publicações da Casa Brasil Editores.
2 Comentários
Bem contundentes as informações passadas por Planeta Arroz, só faltou informar que os representantes Paraguaios não deram as caras nesta edição de 2019 da Expoarroz Tech em Pelotas, frustrando quem os esperavam para possíveis negociações. Seria por receio de retaliação por parte de algum segmento ou entidade representativa da cadeia produtiva ???
Leva-se à acreditar que os ditos cujos estão a procurar novos mercados para o seu arroz em face ao desprezo pelo não comparecimento a este importante evento já tradicional em Pelotas. O que não deixa de ser positivo para os produtores.
Ressalta-se também na matéria exposta por P. Arroz, a potencialidade de expansão de área a 5oo mil ha em suas várzeas, patamar este que se atingido e direcionado ao mercado brasileiro seria a bancarrota dos arrozeiros Gaúchos e Catarinenses, se as assimetrias do famigerado Tratado Mercosul não forem rapidamente corrigidas.
A ”palavra” está ”estacionada” com a nossa ministra, já que mesma está devidamente informada por nossas entidades representativas e nossos políticos atuantes pela causa , da situação crítica vivenciada há décadas pelos produtores de arroz. O silêncio dos novos representantes governamentais, já começa a suscitar dúvidas, seguirá o mesmo caminho dos anteriores ??
Quem decide o destino do arroz nesse país se chama Abiarroz !!! Mas sem produto/arroz eles não comandam nada!!! O sonho deles é que o Paraguai plantasse toda essa área! Só que o sonho Paraguaio está ficando igual ao sonho Uruguaio e Argentino… Quando os preços internacionais oscilavam em U$ 530/tonelada eles investiram… Agora estão recebendo U$ 330/ton… Lá já perceberam que a soja oscila menos… O arroz paraguaio já não me preocupa mais!!! Eles também já estão perdendo o interesse… A coisa não é bem o que eles pensavam… Conforme o Irga o resto dos arrozinhos fecharam a média de 6.050 kg/ha… sendo assim nossa safra vai ser justa. Não faltará arroz e talvez não sobre… Está prevista mais uma redução de area para a proxima safra!!! A indústria, sempre soberana, agora tenta humildemente cativar e dar esperanças aos CPRs… De concreto até agora é que os bancos vão aumentar os juros aos grandes produtores para o crédito oficial. Nosso atual governo chega a ser pior para nós que os antecessores. Senão fosse a frustração estariamos vendendo arroz a R$ 33 hoje… O quadro não é fácil… Politicos e entidades só prometem… Eles mesmos estão iludidos em uma realidade que não existe… Custo real do saco de arroz na próxima safra R$ 52 !!! E o preço minimo do ano passado??? Nem isso anunciaram! O produtor tem q deixar metade da colheita empenhada para fazer EGF!!! Tá tudo uma vergonha… Não tem recursos prá Moderfrota… Nada… Tudo parado!!! Daqui a pouco vão dizer que se não tiver Reforma da Previdência não vai ter Plano Safra!!! Se o Paraguai aumentasse toda essa área e nós plantassemos area cheia quanto valeria o nosso arroz??? Tem gente quecacha que tira o tudo no giro, na produtividade… Tolice… Babaquice… Burrice… o Lucro vem da diferença do preço de venda – o custo de produção. Todos sabemos que para produzir mais se gasta mais! Tem que deixar a indústria sem produto… Desabastecer mesmo!!! Vão importar ah se vão!!! Mas tenho certeza que em dois anos os preços vão mudar para outros patamares!!! Acordem!!!