A vez do parboilizado

Meta da Associação Brasileira da Indústria do Arroz Parboilizado é conquistar 25% do mercado consumidor.

A Associação Brasileira da Indústria do Arroz Parboilizado (Abiap) realizou em Porto Alegre o 2º Encontro de Marketing do Arroz Parboilizado, com o objetivo principal de difundir a importância da divulgação para que seja cumprida a meta de crescimento na participação de mercado. Atualmente o produto representa 20% do arroz consumido no Brasil, o que significa 2,4 milhões de toneladas base casca. A ambição é chegar a 25% nos próximos cinco anos.

As indústrias do segmento são boa alternativa para escoamento de grãos quebrados, que apresentam baixo rendimento, pois o processo de beneficiamento solidifica o grão. Segundo a Abiap, dois mercados potenciais estão na mira das empresas: São Paulo e Minas Gerais. Hoje, o consumo concentra-se no Nordeste, Rio de Janeiro e Santa Catarina. No Rio Grande do Sul, o consumo restringe-se à região da serra.

A Abiap destaca que a inexistência de verba para campanhas institucionais levou o setor a apostar no trabalho direto com as empresas e na participação em eventos. Segundo a Nielsen, empresa que atua em pesquisa de mercado em 104 países, a tendência é de crescimento, mas no primeiro semestre houve retração de 3% no consumo nacional em relação a igual período de 2002. Um dos fatores seria a elevação de 42% no preço médio do quilo. O valor do arroz parboilizado, em média cerca de 10% acima do arroz branco, também reflete no consumo.

 

O Arroz RS

Os números do programa até agora

O Projeto 10, supervisionado pelo agrônomo Valmir Menezes, atende a:
• 47 municípios
• 412 produtores
• 15 mil hectares de lavouras com essas tecnologias que estão apresentando práticas e resultados revolucionários

O Projeto Clearfield chegou a:
• 34 municípios
• 77 lavouras
• 5.027 hectares de áreas demonstrativas e multiplicadoras de sementes da variedade Irga 422 CL

Reuniões do Irga na fase de pré-plantio:
• 49 reuniões
• 3.645 produtores
• Cadastro com 30% dos produtores do Rio Grande do Sul. Isso, dentro de uma proposta de ação interiorizada, divulgando o Programa Arroz RS e as novas tecnologias. Além disso, os técnicos agiram dando orientação, tirando dúvidas e apresentando mecanismos de acesso às novas tecnologias, informando sobre manejo integrado, licenciamento ambiental, controle de pragas, qualidade da água, entre outros.

Outras ações importantes em desenvolvimento:
• Retomada da Câmara Setorial do Arroz do Rio Grande do Sul

• Desenvolvimento do Projeto Bolsa do Arroz, que procura ordenar a oferta e garantir a comercialização

• Projeto Economia do Arroz, que está sendo lançado para estabelecer um perfil da economia do arroz no Rio Grande do Sul, com ênfase em mercadologia, mapeamento da distribuição do arroz no Brasil e análise do impacto do Programa Arroz RS na economia do estado.

• Projeto de capacitação e treinamento, em convênio com o Senar, que confere título de capataz de lavoura de arroz, qualificando diante das novas tecnologias e novo manejo integrado da lavoura de arroz. O Irga capacitou também 115 engenheiros agrônomos e 45 técnicos agrícolas de cooperativas e entidades de assistência técnica.

• Página do Irga na internet, ainda em fase embrionária para tornar-se um portal referencial sobre o arroz. Oferece informações estatísticas e contato com o instituto. Além disso, estabeleceu um recorde de consultas na página para previsão climática. Ferramenta importantíssima, pois traz a previsão para 15 dias, detalhando os primeiros três.

• Projeto de Gestão Ambiental. O Irga está presente nas grandes discussões sobre meio ambiente de interesse da lavoura arrozeira, com propostas claras e cientificamente embasadas. Uma proposta sua, negociada com o Estado, permitiu a redução de 75% no valor do licenciamento ambiental.

• Ação política – O Irga destacou-se em 2003 ao retomar sua condição de instrumento político de defesa do setor com o objetivo de trazer renda para todo o segmento, estabelecer a competitividade do arroz irrigado e alcançar tornar sustentável a atividade. Destacam-se a briga pela TEC, proposição e busca de mecanismos de custeio e comercialização como EGF, LEC e contrato opção privado (no qual o Irga é o gestor do grupo de trabalho).

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