Abertura oficial da 18ª Fenarroz destaca contribuição da política pública em momento atual do setor
O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do país, responsável por 65% da produção nacional.
O evento se iniciou no dia 20 e vai até 26 de maio, no município de Cachoeira do Sul, pioneiro na mecanização da produção orizicola e reconhecido como a capital nacional do arroz.A Fenarroz reúne centenas de expositores nacionais e internacionais, e conta com uma vasta programação técnica, através de seminários, debates, painéis e reuniões setoriais para discutir os principais temas de interesse do arroz, com o propósito de projetar um futuro, ainda melhor para o setor.
O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do país, responsável por 65% da produção nacional. Segundo o Irga, a estimativa para a safra 2013/14 é de 8,2 milhões de toneladas. Nesse contexto, Fioreze reiterou a importância do trabalho do instituto, que faz valer a pena a contribuição do setor orizícola, através de assistência técnica, pesquisa, projetos de internacionalização, agregação de valor e a programação de excelência desenvolvida na Fenarroz. A importância do crédito, através dos bancos do Estado, também foi lembrada pelo secretário.
“Nós vivemos um grande momento no agronegócio. Atingimos um patamar histórico. Nenhum governante vai querer ficar atrás dos 30 milhões de toneladas de grãos atingidos nessa safra”.
O casamento da tecnologia, políticas públicas e outros fatores são, segundo o secretário, o início de uma nova economia da história do Rio Grande do Sul. “Por conta da necessidade de alimentação da população global, até 2050 devemos atingir 70% a mais do que é produzido hoje, e um dos grandes protagonistas nesse sentido será o Brasil”.
Estado e União ajudaram a estabilizar setor e repactuar dívidas de produtores
O trabalho em conjunto dos governos do Estado e Federal no início de 2011 ajudou a recuperar o setor. A supersafra daquele ano trouxe dois grandes problemas: dificuldades de comercialização em função da alta oferta e endividamento dos produtores. Atendendo a pedido do governo e entidades, a União liberou inicialmente R$ 1,2 bilhão para escoamento da safra.
Na sequência, foi necessária a injeção de mais R$ 1,5 bilhão para renegociar as dívidas. De lá pra cá, foram colhidas as três maiores safras até então. Com bons preços e a orizicultura estabilizada, os produtores se capitalizaram.
“Aquilo que era tido como aspecto negativo, no que diz respeito à dependência, é um fator positivo e, se aliarmos tudo isso ao fomento, associativismo e cooperativismo temos certeza que esse crescimento vai refletir nas oportunidades para um futuro com mais qualidade e valorização dos nossos valores e saberes”.
Mapa também dá ênfase à política pública
O secretário de Desenvolvimento do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, ressaltou a importância das políticas públicas para o setor. “Cachoeira do Sul pode não tem a maior produção arrozeira, mas tem a inteligência no debate da construção de políticas públicas para a questão arrozeira. E temos condições, clima, solo e empreendedores, mas se não tivermos ações governamentais não teremos sucesso na produção agrícola”, finalizou ele.
O Irga na Fenarroz
O Irga, maior apoiador do evento, está presente durante todo o evento com seminários técnicos sobre arroz e rotação de culturas, debates sobre logística e internacionalização, reuniões do Conselho Deliberativo e da Câmara Setorial do Arroz do RS.
Nos próximos dias, os visitantes do estande do instituto podem conferir as oficinas de gastronomia e degustações de produtos à base de arroz. No sábado (24), a partir das 12h, será servido o tradicional carreteiro do Irga aos visitantes.
O presidente do Irga Claudio Pereira destacou as atividades desenvolvidas pelo Irga e pelo Governo Estadual nos últimos anos, com ênfase para o bom momento pelo qual a cadeia produtiva orizícola passa. “A Fenarroz se amplia e melhora a cada edição. O dinamismo e a grandeza da feira refletem o excelente momento do arroz e da agricultura do estado e do país”, destacou, comentando a alta produção dos últimos anos, acompanhada de bons preços durante toda a safra.