Abiarroz divulga nota à imprensa sobre preços do arroz ao consumidor

Entidade afirma que está acompanhando o movimento de preços decorrente do cenário atual de crise provocado pelo Covid-19.

A Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), representante das indústrias e cooperativas de beneficiamento de arroz do país, está acompanhando o movimento de preços do arroz ao consumidor, decorrente do cenário atual de crise provocado pelo COVID-19.

A alta nos preços da matéria-prima foi deflagrada, em escala mundial, a partir da decretação de pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em meados do mês de março. Observou-se, a partir de então, um aumento significativo da demanda no mercado externo, o que, somado à restrição de oferta por alguns países exportadores, com vistas a assegurar o abastecimento interno, ocasionou a forte valorização do grão.

Acrescente-se ao aumento da demanda internacional, a elevação do câmbio que, além de tornar atrativas as exportações do arroz em casca brasileiro, praticamente inviabilizou as importações do produto dos parceiros do Mercosul – que tradicionalmente carreiam seus estoques para o Brasil.

Não obstante estejamos em plena safra, com estimativa de 58% de arroz colhido, verifica-se uma retração da oferta de matéria-prima por parte dos produtores, o que também tem contribuído para a elevação de preços no mercado interno.

Outro fator determinante para o movimento de preços observado é a pouca oferta de frete rodoviário, uma vez que o transporte de arroz depende, em situações normais, da movimentação de outras mercadorias que, dada a política de isolamento social, não estão circulando.

Muito embora as notícias veiculadas recentemente acerca do aumento nos preços do arroz, a Abiarroz está segura da postura ética e responsável de suas associadas diante da grave crise pela qual passamos. Com este espírito colaborativo é que muitas empresas do setor têm contribuído com doações visando a fazer chegar o alimento onde mais falta.

Entretanto, a indústria compõe apenas um elo de toda uma cadeia produtiva que, como qualquer outra, está sujeita à lei da oferta e demanda e às oscilações do preço internacional, de câmbio, logística, restrição de oferta da matéria-prima, apenas para citar alguns fatores que fogem ao alcance das indústrias e influenciam de forma determinante nos preços ao consumidor.

Os relatórios produzidos semanalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB[1]), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, corroboram o cenário de alta nos mercados interno e externo, prevendo um arrefecimento para os próximos meses, a depender da evolução dos condicionantes descritos anteriormente.

Seguimos acompanhando os movimentos de mercado, confiantes na atuação das nossas empresas e cientes do importante papel desempenhado pelo setor como desenvolvedor de atividade essencial. Esperamos que possamos superar rapidamente a pandemia que nos afeta a todos e que acaba provocando distorções pontuais nos diversos segmentos produtivos.

2 Comentários

  • Do jeito q abiarroz fala até parece q o governo teria q baixar um decreto obrigando q o produtor vendesse seu produto pelo preço mínimo.Mas na verdade quem mais tem arroz é as indústrias q financiaram o produtor. Ou não tem tanto arroz como dizem. Tivemos enchentes, secas e agora frio q afeta arroz mais tardio. Cabe a todos q puder procurar canais de doação , até nas igrejas q fazem campanhas e doar o q puderem, é grande os relatos de pessoas procurando as igrejas q ajudam os pobres onde esses já se queixam não terem o q comer. Esperemos q ajuda do governo chegue logo aos necessitados.

  • Senhores, realmente estamos passando da tendência de um estado mínimo para um estado máximo. Na verdade o varejo elencou o arroz como garoto propaganda e desde o final de 2019 estamos alertando que o estoque de passagem é diminuto e que os preços vão subir, de nada adiantou continuaram anunciando arroz com sub-preço nos encartes, lâminas e tv, até meados de março(em locais onde a cesta básica não tem diferença de ICMS, provavelmente utilizando verba das grandes multis e aplicando no arroz abaixo do custo), quando ocorreu o vendaval, eles passaram num atmo de sub-preço para um preço normal, com margem para toda a cadeia produtiva e o consumidor sentiu a pancada.

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