Abrindo as portas para a segurança alimentar através da genômica
Variedades têm potencial de ajudar os pequenos agricultores a mitigar o impacto das mudanças climáticas
As variedades GSR são desenvolvidas para utilizar eficientemente os nutrientes e têm resistência a pragas, doenças e estresses abióticos.
O desenvolvimento do Green Super Rice, uma nova geração de variedades estáveis, inteligentes e de alto rendimento, abre o potencial de compreensão e uso da genômica de agroecossistemas para responder aos desafios cada vez mais complexos que o setor agrícola enfrenta atualmente.
Como a população mundial continua a crescer exponencialmente a cada dia, o mesmo acontece com a demanda por arroz, um dos principais alimentos básicos e meios de subsistência para mais de 3,5 bilhões de pessoas. Dada a atual taxa de crescimento, espera-se que a população mundial atinja cerca de 10 bilhões até 2050. Grande parte desse aumento ocorrerá em regiões pobres e densamente povoadas da Ásia e da África, que já dependem altamente do arroz para alimentação, nutrição e sustento. .
O artigo “A revolução do genoma do arroz: de um grão antigo ao super arroz verde” publicado na Nature Reviews Genetics discute como genomas de arroz domesticado e selvagem podem ser usados para melhorar outros programas de melhoramento, tornando-o mais sensível às necessidades globais.
O primeiro Presidente do AXA do IRRI e professor da Universidade do Arizona, Rod A. Wing, juntou-se a Michael D. Purugganan da New York University e Qifa Zhang da Huazhong Agricultural University, na investigação da variação genética entre espécies de arroz domesticadas para desenvolver produzindo variedades e aprimorando outros programas de melhoramento. Embora os programas tradicionais de melhoramento tenham resultado em variedades com melhor resistência ao acamamento e maior vigor no rendimento, ele tem sido caro em termos de recursos, principalmente com o meio ambiente.
Em 2008, um ano após o Professor Zhang ter proposto pela primeira vez o conceito de Super Arroz Verde (GSR), o IRRI e a Academia Chinesa de Ciências Agrárias (CAAS), com o apoio da Fundação Bill e Melinda Gates, começaram a trabalhar juntos para usar a genômica. desenvolver variedades GSR. Isto é, variedades que são mais produtivas e mais nutritivas, enquanto ao mesmo tempo requerem menos água, fertilizantes e pesticidas e podem crescer em terras marginais. As variedades GSR também têm o potencial de ajudar os pequenos agricultores a mitigar o impacto das mudanças climáticas em seus meios de subsistência.
As variedades GSR são desenvolvidas para utilizar eficientemente os nutrientes e têm resistência a pragas, doenças e estresses abióticos, como seca, submersão, salinidade, frio e calor. Essas variedades são capazes de produzir alimentos suficientes com melhor qualidade alimentar para a população em expansão do mundo, usando menos insumos como água, fertilizantes e pesticidas. Isso reduz as emissões de gases de efeito estufa, diminuindo assim o impacto da produção de arroz no meio ambiente.
Através do uso de sequências genéticas disponíveis (Variação genômica em 3.010 acessos diversos de arroz cultivado na Ásia), os criadores poderiam usar marcadores genéticos para desenvolver variedades como o GSR. Como resultado, o processo de criação se torna mais eficiente, preciso e mais responsivo no desenvolvimento de variedades que podem ajudar a alcançar a segurança alimentar em um ambiente de produção complexo.
