Adubação correta aumenta produtividade na lavoura de arroz
Os ganhos com adubação correta podem chegar a três toneladas por hectare.
O produtor de arroz que aduba a sua lavoura com base na análise do solo tem chances de obter maior produtividade na cultura, além de diminuir substancialmente o risco de poluição ambiental. A afirmação é de Ibanor Anghinoni, pesquisador do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Ele garante que os ganhos com adubação correta podem chegar a três toneladas por hectare.
A Instituição mantém uma rede experimental em todas as regiões arrozeiras do Estado para a validação das recomendações oficiais de adubação. Os ganhos foram consistentes nas duas últimas safras, e independem do solo (local) e da cultivar utilizada, desde que o produtor siga todas as recomendações técnicas que constituem o manejo integrado da cultura. A medida é rentável: a produtividade aumentou 60 sacos por hectare e os gastos chegaram a metade deste valor, nas áreas experimentais.
Segundo o pesquisador Valmir Menezes, o manejo da lavoura deve seguir cinco pontos chaves: adequação do solo para o plantio, época de semeadura correta, adubação equilibrada com uréia no seco, controle precoce das plantas daninhas e início da irrigação quando a planta atingir três ou quatro folhas. Os arrozeiros devem realizar a semeadura entre setembro e o início de novembro. Ele recomenda que a densidade ideal de sementes seja de 100 a 120 quilos por hectare. Menezes ressalta a necessidade de melhorar a drenagem das lavouras e a adoção de sistemas de cultivo que dependam menos das condições ambientais para a realização da semeadura.
O Laboratório de Análises de Solo da Estação Experimental do Arroz do Irga, em Cachoeirinha, realiza análises do solo gratuitamente aos produtores de arroz do Rio Grande do Sul. O envio das amostras deve ser efetuado com antecedência em relação ao período da semeadura da cultura, para permitir ao produtor a compra dos adubos apropriados às diferentes condições de fertilidade da lavoura. Esta análise permite conhecer a capacidade do solo em suprir os nutrientes, complementados via adubação, para uma determinada expectativa de produtividade.