África poderá ter espécie mais produtiva

Os investigadores adiantam ainda que com este conhecimento poderão identificar marcadores genéticos que vão permitir evitar a ‘barreira reprodutiva’ entre as espécies.

Marcadores genéticos identificados em cromossoma de arroz pode permitir cruzamento efetivo entre espécie de arroz asiática e africana e levar ao aumento da produção mundial.
O arroz é o cereal mais consumido em todo o mundo, servindo de base alimentar a metade da população mundial, no entanto, os especialistas sabem que com o crescimento da população previsto para 2030 será necessário duplicar a produção de arroz em todo o mundo, a qual hoje se situa nas 660 milhões de toneladas por ano.

Com base em informação genética decorrente da descodificação do genoma do arroz, os cientistas estão a tentar obter a espécie de arroz perfeita, tendo por base as duas espécies cultivadas, a Oryza sativa, uma espécie asiática, e a Oryza glaberrima, uma espécie africana.

Na edição de 10 de Março de 2011, da publicação científica PLoS One, investigadores do Recherche pour le Développement (IRD), em França, dizem ter identificado o gene específico no cromossoma envolvido na esterilidade do arroz e que tem levantado alguns problemas aos cientistas no cruzamento entre as duas espécies.

Os investigadores adiantam ainda que com este conhecimento poderão identificar marcadores genéticos que vão permitir evitar a ‘barreira reprodutiva’ entre as espécies.

Com base nos dados agora obtidos, os especialistas acreditam que poderão identificar os marcadores genéticos que permitirão ultrapassar esta ‘barreira reprodutiva’ e que desta forma poderão desenvolver subespécies férteis de arroz asiático melhorado.

De acordo com os investigadores, se bons resultados forem obtidos, a longo prazo poder-se-á cultivar as variedades melhor adaptadas ao contexto africano, onde a espécie asiática representa mais de 90% dos arrozais e com isso dar resposta efetiva que garanta a segurança alimentar da população.

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