Agência de Desenvolvimento busca apoio para projeto das biorrefinarias
Autoria: José Francisco Rangel.
Caros produtores, entidades representativas, indústrias de beneficiamento e empresas identificadas com o setor arrozeiro aproveitamos a oportunidade para cumprimentá-los!
Voltamos a chamar atenção do quadro nada promissor para o futuro do arroz nos próximos anos: alta produção; mesma área de plantio; aumentos dos custos de produção; baixa competitividade no mercado mundial; entrada de arroz do Mercosul (estamos batendo recordes na exportação neste ano mas quanto já importamos do Mercosul?); diminuição do consumo nacional; preços abaixo do preço mínimo ao produtor; aumento dos estoques e o produto deteriorando-se em armazéns e silos; etc … Há quanto tempo a situação se repete?
Não estamos vendo interesse do governo federal em diminuir a carga tributária ao setor. Vamos continuar convivendo com uma competição desleal com o arroz produzido no Paraguai, Argentina e Uruguai. Além de enfrentar concorrentes de outros estados que estão produzindo um excelente arroz irrigado e colocando no mercado consumidor nacional. As previsões de analistas é que a cada ano, iremos aumentar os nossos estoques excedentes. Hoje, ultrapassa os 2 milhões de toneladas e para 2014 chegará a 4 milhões, e 2016 acima de 6 milhões.
Estes prognósticos baseiam-se no aumento de produtividade e diminuição do consumo no país e no mundo. Não são previsões alarmistas mas, sim, realistas. Urge que façamos algo pelo setor arrozeiro.
Não podemos mais esperar pelo governo federal. Depende da nossa vontade na busca de alternativas. Precisamos agregar valor ao produto arroz através da diversificação. Em razão do atual quadro é que levantamos a idéia do projeto “Estudos de Viabilidade Técnico-Econômico à Implantação de Biorefinarias de Etanol de Arroz no RS” que será realizado pela empresa Technoplan, através de seu diretor, Roberto Hukai.
Visitamos mais de 30 municípios produtores de arroz. Apresentamos o projeto inicial, captamos os recursos necessários para o início destes estudos.
Queremos que este projeto seja apresentado aos apoiadores desta iniciativa, o mais tardar, no final de janeiro de 2012. E convidá-los a participar da segunda fase deste processo. Estes estudos são fundamentais para a segunda etapa do projeto, ou seja, ter dados técnico-econômicos de viabilidade, como tecnologias de ponta disponíveis, mercados aos produtos originados do processo, escala de produção, logística de implantação das biorrefinarias, parcerias com universidades, através de inovações de processos (fracionamentos e novos produtos), retorno do investimento, economomicidade, fundos de investimentos e, principalmente, dar credibilidade ao investidor em razão da empresa que está realizando este projeto.
No momento que tivermos este trabalho pronto, em janeiro de 2012, a segunda etapa será atrair investidores. Acreditamos que um bom projeto e com o apoio do governo do Estado na parte de incentivos fiscais, alcançará estes objetivos. Queremos que esta fase seja concluída até maio/2012, para partir, imediatamente, à execução do projeto, se assim mostrar viabilidade, no qual estamos apostando.
Portanto, estamos buscando o apoio da cadeia produtiva, se ainda não contribui com este projeto. Assumimos o projeto, estamos dando andamento a ele, acreditando na relevância que representa para o futuro da cadeia do arroz e não vamos retroceder nesta caminhada.
Uma cadeia produtiva somente será forte se todos os segmentos interagirem e buscare o melhor para o seu crescimento.
José Francisco Rangel
Agência de Desenvolvimento de São Borja
Telefone para contato: 055 8411 5000