Ajuste arrozeiro
Arranjo produtivo busca novos usos e mercados.
O Governo do Estado do Rio Grande do Sul deu um passo importante em abril para identificar os principais gargalos da cadeia produtiva do arroz e buscar novos usos e mercados para o cereal. O objetivo é a valorização da cadeia produtiva gaúcha de arroz. O Comitê Gestor dos Arranjos Produtivos do Arroz (AP/Arroz-RS) já definiu os nove grupos temáticos de trabalho (GTTs). Formado por 60 entidades ligadas ao agronegócio, os Arranjos privilegiam todas as etapas do processo produtivo. Com essa medida, o Governo gaúcho busca dar sustentabilidade ao setor, promovendo o desenvolvimento das regiões produtoras do cereal no estado.
O Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga), coordenador técnico do processo, apresentou proposta de formar os nove grupos voltados para as necessidades da cadeia. Cada grupo irá trabalhar com um tema específico e as entidades participam de acordo com suas áreas de atuação. Em junho devem iniciar as primeiras reuniões com os seguintes temas: estruturas produtivas, capacitação e inovação tecnológica, biotecnologia, usos alternativos para o arroz, comercialização e logística, ampliação e abertura de mercados, políticas públicas e tributação, gestão ambiental, biomassa e eficiência energética.
Para o presidente do Irga, Maurício Fischer, o AP/Arroz-RS é um passo essencial e coordenado de toda a sociedade gaúcha para melhorar as condições regionais e do setor. “Com os Arranjos Produtivos vamos buscar atrair investimentos, pesquisas, inovações tecnológicas e a redução dos gargalos produtivos”, afirmou Fischer.
NÚMEROS – O arroz do Rio Grande do Sul representa 45% da produção do cereal no Mercosul e gera 36 mil empregos diretos e 232 mil indiretos. A lavoura orizícola ocupa 3,65% do território do estado e a safra deste ano deve chegar perto de 6,5 milhões de toneladas. Mais de 2,5% do produto interno bruto (PIB) gaúcho vem da orizicultura, praticada em 138 municípios. Além disso, a lavoura gaúcha de arroz é responsável por 32 mil empregos diretos, 232 mil indiretos, apresenta o dobro da produtividade média brasileira e abriga 282 indústrias de benefi-ciamento de arroz.
Os Arranjos Produtivos do Arroz
Têm como meta a expansão da cadeia produtiva, com inves-timentos na diferenciação e na diversificação do cultivo de derivados do cereal. Também fazem parte do projeto a geração de energia e sílica industrial a partir da casca do arroz e a conquista de novos mercados para produtos gaúchos, no Brasil e no exterior. Com a integração de setores públicos e privados, o AP/Arroz vai atuar estrategicamente em favor do desenvolvimento de regiões de produção primária do arroz e do aumento da comercialização do produto gaúcho.