Ajuste na parboilização reduz até 25% os níveis de arsênico em arroz

Alta concentração do composto inorgânico é uma preocupação para o arroz da Ásia.

Uma equipe internacional de cientistas mostrou que o processo de parboilização reduziu os níveis de arsênico inorgânico no arroz em 25% por cento, enquanto mais que dobrou o conteúdo de cálcio dos grãos

Em um estudo publicado na revista Environmental Science & Technology , pesquisadores de Bangladesh e da Irlanda do Norte revelam terem descoberto que o processo de parboilização remove o arsênico inorgânico do arroz enquanto aumenta o conteúdo de cálcio dos grãos. A contaminação de arroz com arsênico é um grande problema em algumas regiões do mundo com alto consumo de arroz, em especial na Ásia.

Em Bangladesh o consumo é de cerca de meio quilo de arroz por pessoa por dia, de acordo com estatísticas do International Rice Research Institute (IRRI), colocando os bengaleses em risco de exposição elevada ao arsênico inorgânico. Por isso, a união de cientistas desse país e da Irlanda do Norte gerou um esforço para identificar se o método de processamento pós-colheita afetaria os níveis de arsênico inorgânico nos grãos.

Normalmente, a maior parte do arroz produzido no país asiático é parboilizado, num processo que envolve a imersão do arroz com a casca intacta em água fervente e vapor. Os pesquisadores levantaram a hipótese de que o arroz parboilizado integral (com a casca removida) reduziria os níveis de diferentes formas de arsênico em comparação com o grão bruto.

Eles testaram o método de processamento em 13 plantas tradicionais em pequena escala em Bangladesh. A equipe usou cromatografia de íons em interface com espectrometria de massa de plasma indutivamente acoplada para analisar espécies de arsênio em arroz.

Eles descobriram que, no arroz bruto não tratado, o arsênico inorgânico é altamente elevado no farelo comparado com a casca, mesmo após a parboilização. Por outro lado, a parboilização de arroz integral reduziu os níveis de arsênico inorgânico em cerca de 25% nos grãos polidos finais, enquanto aumentou o teor de cálcio em 213%.

No entanto, o novo método reduziu o teor de potássio dos grãos em 40%. Os pesquisadores dizem que a perda de potássio deve ser equilibrada com as vantagens da redução do arsênico e do aumento de cálcio.

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