Alegrete apóia criação da Fundação Irga

Reivindicações para a comercialização da safra também foram destaque na reunião em Porto Alegre.

Na última quarta-feira (25) o Conselho Deliberativo do IRGA se reuniu em Porto Alegre com a participação dos conselheiros por Alegrete, Cleomar Ereno e Gilberto Pilecco.

Na pauta, entre outros assuntos: avaliação da campanha de aumento do consumo de arroz, Fundação IRGA e pauta de reivindicações para comercialização da safra 2005/2006 .

Cleomar Ereno, conselheiro e coordenador da Comissão de Pesquisa do Conselho Deliberativo, informou que foi aprovado o projeto da Fundação de Apoio e Desenvolvimento de Tecnologia do IRGA, gestado dentro desta comissão.

– Será uma entidade de direito privado voltada para o apoio e desenvolvimento de pesquisas da Instituição -, diz o conselheiro.

Segundo ele, a Fundação tornará mais ágil e flexível o apoio à pesquisa, com projetos específicos por meio de contratos e convênios e terá a competência de instituir bolsas de estudo e de investigação científica para o aprimoramento de recursos humanos integrantes de seu quadro funcional e de servidores do IRGA. Fiscalizada pelo Ministério Público, a Fundação será dirigida por um conselho gestor não remunerado, composto na sua maioria por produtores, escolhidos obrigatoriamente pelos conselheiros, e uma diretoria executiva.

-Agora é realidade um antigo sonho, que surge como alternativa as imensas dificuldades enfrentadas pela pesquisa pública para obtenção de recursos e lentidão dos processos para ações importantes e urgentes – comemora Ereno.

Na pauta de reivindicações para comercialização da safra 2005/2006, foram apresentados dados relativos a projeção de produção e mercado.

No Brasil, é esperada uma redução de produção na ordem de 12,4%, com destaque para a região Centro Oeste com redução de 43,2% da área plantada. No Brasil, a redução estimada na área é de 19,2%, em relação a safra passada. No Rio Grande do Sul a projeção é de redução de 2,49%, destacando a Fronteira Oeste que aumenta a área em 4,6%. A produtividade estimada no RS é de 6.037 kg/ha. Todos estes fatores levam a acreditar na recuperação do preço, principalmente no segundo semestre de 2006.

Devido a pressão de venda no início da safra, as entidades do setor, com o apoio do deputado federal Luiz Carlos Heinze, montaram uma pauta de reivindicações, que deverão ser definidas até a data da Abertura da Colheita em Itaqui, no início de março. São elas:

– Prorrogação das duas parcelas de custeio não pagas em 2005, para julho a novembro de 2006.Recursos para EGF e CPR, na ordem de 500 milhões, para 1,5 milhões de toneladas com vencimento para 150 dias;

– Recursos para leilões de PEP na ordem de 100 milhões, para 650 mil toneladas;

– Recursos para AGF na ordem de 200 milhões, para 500 mil toneladas;

– Recursos para Leilões de Opção Públicos na ordem de 200 milhões, para 400 mil toneladas, com vencimento no segundo semestre.

– Todas estas medidas têm o objetivo de reduzir a pressão de venda no início da safra, buscando sustentação de preços, pois os valores praticados pelo mercado neste momento não oferecem qualquer possibilidade de manutenção de renda ao produtor de arroz irrigado do Rio Grande do Sul, podendo levar a atividade ao caos e naturalmente toda a economia da nossa região – alerta o conselheiro e presidente da Associação dos Arrozeiros de Alegrete, Cleomar Ereno.

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