Alimentação escolar a base de arroz pode ajudar o setor orizícola
A busca de alternativas para o consumo motivou um trabalho para inserir o arroz e seus derivados na alimentação escolar.
A superprodução de arroz e a queda do consumo do mais nobre cereal da cadeia alimentar são os pilares da meta que o Irga encampou: fazer uma campanha para o aumento do consumo, apresentando as propriedades nutricionais e funcionais do arroz e demistificando tabus.
A busca de alternativas para o consumo motivou um trabalho para inserir o arroz e seus derivados na alimentação escolar. São 37,4 milhões de estudantes da rede pública no país e se na dieta diária cada um ingerisse 150gr de arroz, ao final de um mês o consumo chegaria a 111.000 toneladas.
De acordo com a pesquisadora Evely Gischkow Rucatti, o Irga já realizou um contato inicial com a Secretaria de Educação do Município de Porto Alegre e a idéia é levar a experiência adotada por Florianópolis, onde todos os derivados de trigo foram substituídos pela farinha de arroz, como biscoitos e massas.
Segundo o pesquisador do Irga Gilberto Amato, os fast-foods, a mulher no mercado de trabalho, o mito de que o arroz engorda e o desconhecimento das propriedades nutricionais do cereal, são alguns dos fatores que colaboraram para a queda. Com o lançamento da campanha publicitária no final do ano passado e a criação do Centro de Excelência do Arroz, o Instituto quer aumentar o consumo em 1kg/hab/ano, durante cinco anos, para alcançar a meta de 40kg/hab/ano no Brasil.
Dentre as vantagens dos derivados, o óleo de arroz é reconhecido por reduzir o mau colesterol, além de não apresentar sensação de enjôo em frituras, comum no óleo de soja. Para a saúde, o arroz auxilia no tratamento do Diabetes, reduz o risco de câncer de intestino, regula a flora intestinal e ajuda na prevenção de doenças do coração. O cereal é ideal para pessoas celíacas, que possuem alergia ao glúten do trigo.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) também realizou pesquisas na área. Segundo os cientistas americanos, o arroz pode facilitar a vida de pessoas obesas. Os pesquisadores descobriram que as fritas feitas com farinha de arroz em vez de batata absorvem menos óleo e produzem uma versão fast-food com menos gorduras e menos calorias.
Para se ter idéia da riqueza do cereal, até aguardente pode ser produzida seguindo os passos de germinação, secagem, moagem, fermentação e destilação. O arroz e seus derivados estão abrindo oportunidades para os pequenos e médios empreendedores e já é possível encontrar produtos a base do grão nas grandes redes de supermercados.