Altíssima rotação

 Altíssima rotação

Granja Kochenborger: 161 produtores e técnicos em busca do segredo da rentabilidade

FieldCrops movimenta setor produtivo com Rice e Soybean Money Maker

 

Reunir 160 pessoas em uma segunda-feira, às 7h da manhã, em semana de temperaturas extremas de verão para debater tecnologias de produção de arroz e soja em terras baixas é desafiador. Mas a Equipe FieldCrops o fez, com êxito, em 9 de janeiro, na Granja Kochenborger, Cachoeira do Sul.

Foram apresentados os melhores resultados das competições Rice Money Maker e Soybean Money Maker na granja de Ademar Kochenborger, que venceu a categoria Rentabilidade em Arroz 2021/22. “Esperávamos 80 pessoas, mas vieram 161”, comemorou o agricultor.

Nereu Streck, professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), destacou a oportunidade de apresentar e discutir fatores de sustentabilidade econômica, social, ambiental e agronômica dentro das lavouras, onde também foram detalhadas observações das últimas temporadas, a evolução da pesquisa e dirimidas dúvidas dos participantes.

“O modelo on farm torna possível ver na prática a aplicação das tecnologias e manejos na rotação e intensificação dos cultivos em busca dos melhores resultados, mas também mostra que há mudanças de rota, ajustes e permite discutir sobre exemplos práticos em busca da sustentabilidade”, disse Alencar Zanon, da UFSM, coordenador da equipe.

ÊNFASE
Alan Kochenborger, engenheiro agrônomo e filho de Ademar, viu o encontro como prova de que as pessoas anseiam por informações desta transição e aperfeiçoamento do manejo das culturas de terras baixas e técnicas como suavização e sulcos.
“A expectativa de maior sustentabilidade motiva os produtores a buscarem conhecimento. Mas mostra o desamparo do setor em relação à pesquisa e extensão rural públicas, espaço que vai sendo ocupado pelas universidades”, disse Alan.

Ele entende que talvez isso abra caminho para financiamento privado, por grupo de agricultores ou mesmo com recursos da CDO, em pesquisa e extensão, uma vez que as instituições públicas dessa área têm perdido espaço na difusão do conhecimento.

Para o jovem agrônomo, é relevante o conhecimento propagado nos concursos, mas entende também que além da rentabilidade baseada em área demonstrativa, há uma forte demanda por mais práticas agronômicas e na ecofisiologia e não tão baseadas em insumos.

Alan e Ademar Kochenborger, Nereu Streck e Alencar Zanon avaliando os sistemas

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