Aprovada a construção de uma usina de biomassa a base de arroz no RS

Usina à base de casca de arroz, com 8 MW de potência, terá investimento ao redor de R$ 25 milhões em Alegrete (RS).

Uma usina de biomassa à base de casca de arroz em Alegrete (RS) foi incluída no Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (Proinfa) da Eletrobrás, que garante a compra de energia por 20 anos. A definição da segunda chamada pública do Proinfa, divulgada nesta segunda-feira 20, aprovou a construção de uma usina de 8 MW de potência da empresa Geradora de Energia Elétrica Alegrete Ltda (GEEA). O contrato será assinado até o dia 28.

Segundo o secretário de Energia, Minas e Comunicações do RS, Valdir Andres, o projeto prevê um investimento em torno de R$ 25 milhões. “Devem ser criados cerca de 70 empregos diretos e indiretos na construção e mais 20 vagas permanentes na operação da usina. As obras devem começar no primeiro semestre de 2005 e devem entrar em funcionamento até o final de 2006, conforme exigência do Proinfa.

O Rio Grande do Sul encaminhou quatro projetos de usinas de biomassa ao Proinfa: dois da empresa Josapar, em Itaqui (de 6,2 MW) e em Pelotas (de 8,3 MW), outro em Alegrete, da Cooperativa Agroindustrial de Alegrete Ltda. (Caal), de 3,8 MW, e o projeto da GEEA, também em Alegrete, de 8 MW. O critério de escolha utilizado foi a Licença de Instalação (LI) mais antiga. A LI da GEEA é de 1º de agosto de 2002. Os demais projetos gaúchos tinham LI do ano de 2004.

Os outros três projetos continuam habilitados no Proinfa, dependendo de uma nova reclassificação ou chamada da Eletrobrás. “Os projetos ainda podem ser viabilizados pela iniciativa privada”, destaca o secretário.

Andres salienta que a aprovação do Proinfa de mais um projeto do Rio Grande do Sul reforça o objetivo do governo Rigotto em diversificar a matriz energética gaúcha. Atualmente, apenas 1,3% da energia consumida no Rio Grande do Sul vem de fontes alternativas. A projeção é de que esta participação aumente para 12,2% até 2010, num investimento de R$ 2,8 bilhões.

FUTURO

“O investimento do Estado em fontes renováveis de energia tem o pensamento voltado para o futuro. Isso porque as fontes de energia mais utilizadas atualmente são todas finitas. O petróleo, por exemplo, deve se esgotar no mundo em 50 anos. Por esta razão, o caminho é incentivar a produção de energia através dos ventos, de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e até da casca de arroz, como é caso desta usina que será construída em Alegrete”, enfatiza o secretário.

A energia eólica e as PCHs já tem confirmada a instalação de cerca de 400 MW até o final de 2006, em projetos aprovados no Proinfa. Conforme Andres, só estes projetos receberão em torno de R$ 1 bilhão de investimento nos próximos dois anos, gerando aproximadamente 3,6 mil empregos no Estado. “Além de movimentar a economia gaúcha, estamos investindo na geração de energia limpa no Estado”, conclui o secretário.

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