Argentina decreta situação de emergência agropecuária

A ação era reivindicada por agricultores como forma de compensar as perdas provocadas pela morte de quase 1,8 milhão de cabeças de gado e pela devastação de mais de 50% das plantações de trigo e milho.

O governo argentino decretou, ontem, situação de emergência agropecuária nas zonas castigadas pela seca, uma das mais graves da história do país vizinho. Segundo a presidente Cristina Kirchner, os produtores ficam isentos do pagamento de impostos durante um ano. Ao comunicar a decisão, ela apontou que a medida representa um esforço para todos os argentinos.

– Não há outro setor que tenha esse benefício – frisou.

A ação era reivindicada por agricultores como forma de compensar as perdas provocadas pela morte de quase 1,8 milhão de cabeças de gado e pela devastação de mais de 50% das plantações de trigo e milho. No final da semana passada, lideranças de entidades agrícolas chegaram a ameçar o governo com novos protestos se nada fosse feito em favor dos proprietários rurais.

Dias depois de ter negado que o governo anunciaria o decreto de emergência, Cristina Kirchner foi além. Ontem, ela anunciou a eliminação da cobrança de autorizações de carga de quase 200 milhões de pesos/ano (57 milhões de dólares).

– Queremos grande patriotismo e esforço porque o governo deixa de receber recursos – ponderou.

A crise do país e as alternativas de apoio ao setor deverão estar em pauta na próxima reunião do Grupo Farm, no dia 12 de fevereiro.

– Não temos ação programada, mas acredito que é oportuno – apontou o presidente da Farsul, Carlos Sperotto.

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