Arkansas amplia área de arroz em 2018

 Arkansas amplia área de arroz em 2018

Colheita de arroz no Arkansas vai ser maior em 2018

Maior produtor de arroz dos Estados Unidos vai plantar mais grãos longo e médio e segurou o avanço da cultura da soja.

O Arkansas, maior produtor de arroz dos Estados Unidos, aumentou a sua área plantada de arroz longo fino em 54 mil hectares (215 mil acres), segundo o Relatório de Áreas Agrícolas do Serviço Nacional de Estatísticas Agrícolas daquele país. A área cultivada com o grão deste perfil subiu de 249 mil hectares (995 mil acres) para 302,5 mil hectares (1,210 milhão de acres). Ao mesmo tempo, o cultivo de arroz de grão médio, mercado que os Estados Unidos começa a explorar com ganhos de rentabilidade, também sofrerá expansão de 15 mil acres, ou 4 mil hectares. Passará de 41 mil para 45 mil hectares.

No total, o Arkansas passará a cultivar 347,75 mil hectares de arroz nesta temporada e espera colher 2 milhões de toneladas do grão. Até o momento o clima está ajudando. Não houve mudanças substanciais com relação à projeção de área realizada em março. O aumento da superfície semeada está diretamente associado aos preços mais elevados na primavera do hemisfério norte.

O Arkansas, maior produtor de arroz do país, manterá a tradição. A Califórnia semeou a segunda maior área, em 122 mil hectares, seguida da Louisiana com 103 mil hectares. “O arroz ganhou mais hectares este ano do que todas as outras principais culturas combinadas no Estado. O USDA estima que a área total aumentou 57,5 mil hectares (230 mil acres) no ano; a maior parte desse aumento é de grãos longos”, disse Jarrod Hardke, engenheiro agrônomo da área de extensão em arroz da Divisão de Agricultura.

O volume já estava dentro do esperado, que era em torno de 1,4 milhão de acres. O que o surpreendeu foi como esses acres foram distribuídos entre grãos médios e longos. Ele esperava um avanço maior do grão médio, pelo menos proporcional ao avanço do grão longo. “Esperávamos um aumento de mais 10 mil hectares na área de arroz de grão médio, mas estranhamente o avanço se concentrou no grão longo”, reconheceu.

Também enfatizou que houve atraso em parte da semeadura por causa da concentração dos períodos de chuva. “Com esse comportamento climático, nota-se que o agricultor preferiu a segurança do cultivo de arroz nas áreas que tendem a ficar inundadas, já que é uma característica da cultura, do que optar por soja ou outro grão que ofereceriam maior risco. Isso ajudou a impulsionar o avanço da superfície com arroz”, reconheceu.

Scott Stiles, economista de extensão da Divisão de Agricultura do Sistema da Universidade de Arkansas, também se disse surpreso com o avanço arrozeiro no Estado. "Com os preços da soja mantendo-se bem acima dos US$ 10/bushel na primavera, achei que poderíamos ver alguns hectares de arroz atrasados mudarem para a soja", disse ele. "Parece que isso não aconteceu porque a área plantada com soja da NASS para o estado permaneceu estável de março a junho em 3,6 milhões de acres.

Os preços do arroz atingiram altas no final de abril e isso impediu que os produtores mudassem o arroz para a soja”, reconhece. A expectativa dos norte-americanos é de um ano de baixa rentabilidade com a oleaginosa, o que também reduziu o ímpeto de substituição da cultura por arroz. Na safra passada, os Estados Unidos registraram uma quebra de 20% na safra. A redução da oferta ajudou na recuperação dos preços.

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter