Arroz: alta de preços deve impulsionar resultados da Camil, diz Eleven
Com a alta dos preços, a abertura gradual da economia e os consumidores voltando a comer mais fora de casa, o consumo de arroz tende a voltar para sua normalidade .
A alta de preços do arroz no ano deve impulsionar os resultados da Camil no terceiro trimestre, aponta relatório da Eleven. De acordo com previsões da consultoria, a receita líquida da companhia deve chegar a R$ 1,9 bilhão, 32% superior a igual período do ano anterior. Contudo, espera-se uma queda de 15% no volume vendido, nesta mesma base de comparação.
“Com a alta dos preços, a abertura gradual da economia e os consumidores voltando a comer mais fora de casa, o consumo de arroz tende a voltar para sua normalidade após alguns trimestres, com consumo acima da média histórica (4%)”, prevê a Eleven.
No segmento internacional, está prevista uma recuperação no Uruguai – com mercado mais voltado para a exportação -, enquanto no Chile e no Peru as vendas seguem ainda pressionadas.
O aumento dos preços deve elevar o Ebitda da Camil (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para R$ 227 milhões, 71% acima de igual período do ano passado, com margem Ebitda de 11,9%, calcula a Eleven.
Ainda segundo a análise, o aumento de custos da Camil tem sido repassado para os produtos, o que é considerado “bastante positivo”. Além disso, a Eleven afirma que a Camil tem “investido na melhoria de eficiência logística, reduzindo as despesas com vendas, gerais e administrativas como porcentual da receita e, assim, aumentando a margem Ebitda”.
Com relação aos preços, o efeito La Niña, que costuma provocar falta de chuva, e o real desvalorizado ante o dólar ainda devem contribuir para menor disponibilidade de arroz no mercado doméstico em 2021, “de forma que os preços médios do insumo devem permanecer acima da média histórica de cerca de R$ 44”, afirma a consultoria.