Arroz: Apropriação ilegal de água é flagrada em Corrientes
(Por Rádio Dos, Argentina) A Justiça argentina ordenou a invasão de uma fazenda que, de modo ilegal, cortava a calha do rio Miriñay, na Província de Corrientes, para irrigar arroz. O dano causado é considerado imensurável. Funcionários provinciais não teriam controlado o roubo de água em detrimento dos recursos da província de Corrientes.
O procurador Gerardo Cabral, da Procuradoria Rural e Ambiental sediada em Mercedes, disse em declarações à rádio Dos, da Argentina, que nas próximas horas serão formalizadas as acusações contra o dono do campo, o dono da lavoura de arroz e o técnico encarregado da obra.
“Foi verificada a presença de uma barreira de contenção artificial no rio Miriñay em uma área de difícil acesso. O ofício foi enviado à Gendarmaria para pedir mais detalhes e eles realizaram a busca”, explicou o procurador sobre o caso e as investigações realizadas a esse respeito. Ele indicou que uma estação de bombeamento e uma retroescavadeira foram apreendidas.
Explicou que “na posse da bolsa, verificou-se exploração de arroz. É ilegal, cometendo dois crimes de usurpação de água e dano tributado”, explicou. Ele também anunciou que “estamos perto de iniciar as acusações contra o dono do campo, dono da fazenda de arroz e o engenheiro da obra”.
“Vamos processar esse tipo de empreendimento. Pode haver responsabilidade criminal e descumprimento de deveres de funcionário público”, revelou o procurador.
“A unidade fiscal está à procura de meios para obter a maquinaria para a destruição do talude e para que a água volte ao seu caudal”, avançou sobre os passos a seguir.
Sobre as consequências deste trabalho, explicou que “o gado não tem água, a biodiversidade e a fauna são destruídas”.
Segundo a imprensa argentina, a contenção do rio ocorreu por obra da empresa Schmukler.