Arroz: Com 387 mil t embarcadas, Brasil faz exportações recordes em outubro

 Arroz: Com 387 mil t embarcadas, Brasil faz exportações recordes em outubro

Exportação depende de cotações competitivas

(Por Planeta Arroz)  O Cepea/Esalq divulgou nesta segunda-feira, 7/11, uma ótima notícia para a cadeia produtiva do arroz do Brasil. Dados da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC, apontam que, em outubro, as exportações do arroz foram as maiores da série da Secretaria, que se iniciou em 1997 e é compilada pelo Cepea. O volume embarcado pelo Brasil no mês foi de 387 mil toneladas, bem acima das 199,33 mil toneladas registradas em setembro/22 – em relação a outubro/21, o volume atual é praticamente três vezes superior.

Já as importações somaram 94,67 mil toneladas em outubro/22, queda de fortes 20,2% frente ao mês anterior, mas 35,5% superior em relação ao mesmo período de 2021.

Em relatório divulgado pelo Cepea para empresas e agentes do mercado, as exportações do arroz brasileiro em base casca atingiram volume e receita recordes em outubro/22, considerando-se toda a série histórica, iniciada em 1997. O Brasil exportou 387 mil toneladas do cereal, superando o volume mais alto da série até então, de 316,24 mil toneladas, registrado em junho de 2020 no pico de demanda da pandemia de Covid-19. A receita, por sua vez, totalizou o também recorde de US$ 122,54 milhões em outubro deste ano.

O Senegal adquiriu 85,63 mil toneladas do arroz brasileiro no mês passado, representando 22,1% do total embarcado pelo Brasil nos 30 dias de outubro. Em seguida estiveram a Costa Rica (78,43 mil t ou 20,3% do total), México (62,88 mil t ou 16,2%), Guatemala (40,45 mil t ou 10,5%) e Venezuela (34,86 mil t ou 9% do volume total). Outros 53 destinos absorveram 21,9% das exportações brasileiras, conforme relatório do setor de economia aplicada da Esalq/USP.

“Os principais tipos exportados no mês foram o arroz com casca (paddy), não parboilizado, correspondendo a 57,8% do total. Na sequência, o arroz quebrado (31,1%), arroz descascado (cargo ou castanho), descascado, parboilizado (8,7%) e o arroz semibranqueado ou branqueado, parboilizado, polido ou brunido, com 1,4% do volume”, diz o relatório.

IMPORTAÇÕES

Do lado das importações, chegaram aos portos nacionais 94,67 mil toneladas de arroz (considerando-se produto em base casca) em outubro de 2022, o que registra um declínio de 20,2% frente a setembro/22, mas 35,5% superior ao verificado no mesmo período de 2021.

Paraguai, Uruguai e Argentina seguiram liderando os envios de arroz ao Brasil, respondendo, juntos, por 99,2% do total no mês passado. Itália, Tailândia, Paquistão, Vietnã e Índia também exportaram o cereal ao mercado brasileiro no período, com foco em gastronomia étnica.

Dentre os principais tipos adquiridos pelo Brasil no mês passado estiveram o “arroz semibranqueado ou branqueado, não parboilizado, polido ou brunido”, com 56,4% do total; o “descascado (cargo ou castanho), não parboilizado” (29,8%); “arroz quebrado” (71,1%); “outros tipos de arroz semibranqueado ou branqueado, não parboilizado” (3,6%) e o “arroz com casca (paddy), não parboilizado”, com 3% do total.

PREÇOS

Em outubro/22, exportadores nacionais receberam, em média, US$ 316,64/tonelada, equivalente a R$ 83,10/saca de 50 kg FOB (Free On Board) no porto de exportação. O valor médio FOB origem do arroz importado, por sua vez, foi de US$ 298,83/t, ou de R$ 78,43/sc de 50 kg. A média do dólar foi de R$ 5,25 em outubro.

Na parcial deste ano (até outubro), a balança comercial está superavitária, em 733,27 mil toneladas, contra 85,23 mil toneladas no mesmo período de 2021. Em termos de valores, as receitas das exportações superam em 242 milhões de dólares os gastos com as importações em 2022. Vale lembrar que, no mesmo período em 2021, as despesas com as importações estiveram 24,63 milhões de dólares abaixo da receita das exportações.

No âmbito internacional, os preços de exportação do arroz divulgados pela FAO (são considerados 21 valores do produto) aumentaram 1% entre setembro e outubro de 2022, passando para 112 pontos. Com relação a outubro/21, verifica-se forte alta de 12,11%.

A FAO aponta que, em out/22, o valor médio do arroz de exportação do Brasil foi de US$ 560/t (o que equivale a US$ 28,00/saca de 50 kg), 2,3% superior ao da Argentina (de US$ 547,50/t ou de US$ 27,38/sc) e 1,82% acima do Uruguai (US$ 550/t ou de US$ 27,50/sc). (Com informações do Cepea/Esalq/USP)

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