Arroz: Corrientes busca consolidar sua liderança na Argentina com nova safra recorde

 Arroz: Corrientes busca consolidar sua liderança na Argentina com nova safra recorde

Foto: Divulgação

(Por Planeta Arroz, com El Libertador) O setor arrozeiro da província de Corrientes, na Argentina, se prepara para uma colheita promissora após plantar mais de 100 mil hectares do cereal. Ao contrário dos anos anteriores, em que a falta de água foi um problema crítico e no início do ano passado em que uma cheia extraordinária provocou a perda de cerca de 15 mil hectares, esta época as condições climatéricas foram favoráveis, o que sugere uma colheita notável. Em diálogo com o EL LIBERTADOR, o engenheiro Jorge Vara, ex-ministro da Produção de Corrientes, deu alguns detalhes da campanha 2024/2025, que se destaca como uma das mais importantes dos últimos anos.

PLANTIO COM SUCESSO

No total foram plantados 105 mil hectares, tornando-se a província líder na produção deste cereal. Durante a época, os produtores conseguiram ter água suficiente para o desenvolvimento das culturas, o que não acontecia nos anos anteriores devido às secas prolongadas e à falta de chuvas. As últimas chuvas permitiram encher as barragens e até reservar água suficiente para a próxima semeadura.

“As barragens estão cheias de água para garantir uma área significativa de plantação na campanha 2025/2026”, afirmou o Engenheiro.
Outro desafio foi manter os custos de produção sob controlo, especialmente num contexto de aumento dos preços do dólar, a moeda com que os insumos agrícolas são pagos.

COLHEITA

A colheita já começou no Norte de Corrientes, ou seja, em Itá Ibaté e arredores, e a previsão é que em fevereiro-março avance na principal área produtora, que é o Centro-Sul de Corrientes. “E como a semeadura continuou – semeadura tardia – a colheita terminará em meados de abril”, afirmou o produtor e especialista nesta cultura.

PREÇOS

«Vai ter muito arroz, a expectativa é boa. Vamos ter um volume significativo (de cereais), mas em termos de preços vamos ficar abaixo da colheita anterior”, alertou e lembrou que na última campanha o arroz de Corrientes estava cotado a 400 dólares a tonelada, enquanto este ano caiu para US$ 300 por tonelada de arroz com casca, ou seja, a matéria-prima.
«À medida que a colheita continua a avançar, é provável que (o preço) continue a cair. O produtor vai receber um valor abaixo do anterior”, explicou Vara.

EXPORTAÇÕES

O consumo na Argentina é inelástico, permanece em 7 quilos por habitante por ano – lembrou Vara -, por isso a exportação também desempenha um papel importante, e a colheita deste ano deverá garantir os embarques para os mercados internacionais, como a América Central, o Caribe,. o país vizinho, o Brasil, não está excluído quando há escassez, até mesmo o Chile, o país transandino. Mas as expectativas dos arrozeiros de Corrientes estão colocadas no velho continente. «Fundamentalmente, o novo mercado ocorre na União Europeia, acredito que é o nosso futuro. “Nossa produção é muito competitiva”, destacou Vara e garantiu que Corrientes está de olho no Oriente Médio e no Norte da África. “São mercados interessantes, Iraque, Arábia Saudita e alguns outros”, concluiu.

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter