Arroz disparaem Portugal para máximo histórico com procura superior a oferta

Os preços do arroz atingiram hoje um máximo histórico, enquanto o milho negoceia perto de novos máximos, com a especulação de que a procura de cereais deverá aumentar 3% este ano e vai ser superior ao fornecimento, à medida que os Governos cortam exportações para evitar protestos.

Os preços do arroz atingiram hoje um máximo histórico em Portugal, enquanto o milho negocia perto de novos máximos, com a especulação de que a procura de cereais deverá aumentar 3% este ano e vai ser superior ao fornecimento, à medida que os Governos cortam exportações para evitar protestos.

Os futuros de arroz cresceram 2,4% no mercado de Chicago, avançando para os 20,26 dólares, enquanto a soja sobe pelo terceiro dia consecutivo e o trigo também avançava com os investidores a comprarem a “commoditie”, apostando que o tempo adverso possa levar a um corte de produção nos EUA.

Já o milho seguia a cotar nos 5,9875 dólares, perto do seu recorde nos 5,9925 dólares, com as preocupações de que as chuvas nos EUA prejudiquem as plantações.

A China, a Índia e o Vietnam cortaram as exportações de arroz e a Indonésia reduziu as tarifas de importação para proteger os fornecimentos de alimentos e arrefecer a inflação. Apenas no primeiro trimestre do ano, a matéria-prima disparou 42%, a maior valorização dos últimos 14 anos.

Nos últimos meses têm-se multiplicado por todo o mundo as manifestações contra a subida dos preços das matérias-primas, que afectam sobretudo as populações mais carenciadas.

– O mercado de arroz internacional enfrenta actualmente uma situação particularmente difícil com a procura a superar a oferta e aumentos substanciais dos preços – adiantou um economista da FAO, citado pela Bloomberg.

Os preços do consumo na China cresceram 8,7% em Fevereiro, o máximo dos últimos 11 anos, e atingiram o valor mais elevado em 13 meses na Índia. Os preços da alimentação na China, o país com mais população no mundo, dispararam 28% no segundo mês do ano.

As Nações Unidas já advertiram para o fato de 36 países enfrentarem situações de emergência devido à subida crescente do preço das matérias-primas nos últimos meses, com vários cereais a tocarem máximos consecutivos.

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