Arroz do Mato Grosso, muito prazer!

Passado e futuro da cadeia do arroz do Mato Grosso são apresentados aos produtores rurais pela Embrapa
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 A trajetória da produção de arroz no Mato Grosso e a evolução da pesquisa, do manejo e da organização da cadeia produtiva e suas potencialidades para a construção de um futuro promissor estão organizadas em um documento apresentado ao setor pela Embrapa Arroz e Feijão. “O passado e o futuro da cadeia produtiva do arroz em Mato Grosso” é fruto de pesquisas e estudos realizados pelos analistas Carlos Magri Ferreira e Alessandra da Cunha Moraes e pelos pesquisadores Luís Fernando Stone e Jaison Pereira de Oliveira. O documento descreve a importância da orizicultura mato-grossense e o seu papel no agronegócio regional e nacional.

O livro, que pode ser acessado pela internet, apresenta informações qualitativas e quantitativas sobre a orizicultura mato-grossense, destacando o essencial papel desempenhado pela agroindústria beneficiadora de arroz no estado no período de 1990 a 2012. Atualmente a produção de arroz no Mato Grosso tem sido maior que a demanda para o consumo interno no estado, e apesar dos produtores não terem conquistado definitivamente mercados para colocar o excedente da produção, graças à estratégia adotada pelas indústrias de beneficiamento, não foram grandes as reduções de preço devido ao excesso de oferta. “A cadeia produtiva do arroz do Mato Grosso está se reinventando e com isso encontrando os caminhos para evoluir. A qualidade e a organização têm sido os fatores primordiais, a base desse processo”, explica Carlos Magri Ferreira.

Outro aspecto relacionado às indústrias arrozeiras do estado é que elas estão mais sólidas e não têm tido problemas de inadimplência com os produtores. Há três anos a cadeia produtiva vem trabalhando juntamente com a Embrapa e outras instituições na sua organização. Nas perspectivas futuras, os autores destacam fatores que podem influenciar no destino da orizicultura estadual: a capacidade de atender as exigências quanto à sustentabilidade, aptidão para perceber e se adequar às mudanças de comportamento dos consumidores, aspectos tecnológicos de mudanças dos processos produtivos e, por fim, as questões econômicas.

No aspecto econômico, apontam os desafios relacionados à competitividade com o arroz produzido no sul do país e com outras commodities, como a soja, mas o estudo trata ainda de outros aspectos relacionados à desmistificação do arroz no Mato Grosso, temas ligados à degradação do meio ambiente e à necessidade de melhoria em infraestrutura para armazenamento e secagem. “As questões tecnológicas estão intrinsecamente ligadas à capacidade de ofertar o produto na quantidade demandada por meio de processos produtivos que superem as restrições de uso e resiliência de recursos como água, solo, biodiversidade e disponibilidade de terras agricultáveis”, destaca o economista da Embrapa Arroz e Feijão Carlos Magri.

FIQUE DE OLHO

Outros pontos também destacados no livro são considerados cruciais para o desenvolvimento da orizicultura no Mato Grosso: a inserção do arroz em sistemas produtivos que envolvam soja e pastagem e a superação de baixo desempenho quando cultivado em sistema de plantio direto, além de equacionar a oferta de sementes certificadas para aumentar seu uso.

QUESTÃO BÁSICA

A publicação pode ser baixada no link: http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/135253/1/CNPAF-doc308.pdf


SAFRA

O plantio de arroz primeira safra no Mato Grosso, previsto para novembro, iniciou-se somente nas regiões norte e sudeste do estado, com 20% e 15% da área plantada, respectivamente. O restante começou a ser plantado só no final de dezembro e janeiro/2016 devido ao atraso das chuvas. Inicialmente esperava-se um aumento na área de arroz segunda safra no estado, na safra 2015/16, contudo, com o atraso do plantio da soja primeira safra a janela para semeadura restou comprometida, resultando na expectativa de diminuição da área.

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