Arroz e cebola mais baratos

Produtos pressionam mesmo a inflação de outubro de 0,75%.

A cebola e o arroz ficaram mais baratos mês passado, mas a queda não foi suficiente para segurar a inflação. O IPCA, índice oficial medido pelo IBGE, subiu mais em outubro, fechando em 0,75%, o maior patamar desde fevereiro deste ano, que registrou 0,78%. A grande influência foi justamente o preço dos alimentos. A inflação na Região Metropolitana do Rio teve o menor percentual.

Também ficaram mais em conta o repolho, o chuchu, a manga, a banana-prata e o mamão. O peixe ficou 7,53% mais barato e pode servir para substituir as carnes que, em todo o País, puxaram para cima a inflação, com elevação de 3,48%.

O índice considera custos com os principais gastos das famílias brasileiras e desde janeiro acumula alta de 4,38%. De acordo com Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE, a culpa é do clima e de desequilíbrios no mercado fora do Brasil.

Na contramão das altas, o preço de automóveis teve redução de 0,95% em todo o ano. Já os usados caíram 1,56%, bem abaixo da inflação no mesmo período. Para Eulina, os valores ainda trazem reflexos do corte no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) promovido pelo governo até o início deste ano. “Os preços deixaram de cair com o fim do benefício, mas não subiram tanto”, informa a especialista.

Com forte peso nos orçamentos, o combustível também evitou alta maior nos resultados do IPCA. Em todo o ano, a gasolina só variou 0,60% e o álcool nas bombas caiu 2,26% desde janeiro.

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