Arroz é debatido na Internet
Site da revista Planeta Arroz, do Grupo Vieira da Cunha, recebe comentários e análises da cadeia produtiva do arroz de todo o Brasil.
De uma semana para a outra, a produtividade média das lavouras de arroz que estão sendo colhidas pode mudar consideravelmente, o que vem sendo registrado na safra 2014, deixando rizicultores intrigados com os relatórios publicados no site do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Para se ter ideia da variação, o Irga previa, no começo de março, uma produtividade média de 7,5 mil quilos por hectare em Cachoeira, número que nas semanas seguintes caiu para 7.102 e 7.047 quilos. O fôlego foi recuperado na semana de 28 de março a 3 de abril, quando a estimativa de produtividade bateu nos 7.563 quilos por hectare.
Os dados da produtividade no Rio Grande do Sul também geram dúvida e estão sendo debatidos no site da revista de circulação nacional Planeta Arroz, produto do Grupo Vieira da Cunha (GVC). Nos comentários no portal da revista, produtores de arroz até de fora do estado falam da produtividade em suas lavouras e avaliam estimativas do Irga. Por conta da variação dos números, o comando regional do Irga, que tem escritório sediado em Cachoeira do Sul, decidiu dar entrevista sobre produtividade do arroz só após a colheita, quando a avaliação for referente aos dados finais da safra. A expectativa é de que a lavoura de arroz da cidade esteja 100% colhida até 15 de maio.
ESTABILIDADE – Com pouco mais da metade da área colhida, os dados do Irga apontam uma estabilidade na produção do arroz no Rio Grande do Sul, que está em 7.842 quilos por hectare. No ano passado, nesta mesma época, a produtividade média estava em 7.642 quilos por hectare. Consultor do Irga, Rui Ragagnin diz que a tendência é uma queda na produtividade no fim da colheita, como ocorre em todos os anos, especialmente nas áreas plantadas mais tarde. Ragagnin acrescenta que as projeções apontam para valores próximos aos dos últimos três anos. A média de produtividade das últimas três safras foi de 7.546 quilos por hectare no Rio Grande do Sul.
PARA SABER MAIS
O que dizem os arrozeiros do Rio Grande do Sul
“Em minha lavoura, que está 55% colhida, estou tendo produtividade média de 6.250 quilos por hectare. Na safra de 2013, encerrei a colheita com média de 8,6 mil quilos por hectare”.
Marcos Hanus, de Esteio
“É difícil de acreditar, mas podem anotar perdas de 10% a 20% em todas as lavouras da nossa região. Variedades das cultivares Epagri, que mantinham uma produtividade alta, estão decepcionando”.
Décio Antonio Marcuzzo, de Santa Maria
“Nas conversas com outros produtores, é fato comum a quebra de 20% a 30% nas lavouras até aqui colhidas. As exceções ficam por conta de lavouras que estão com aproximadamente 10% de quebra e que são a grande minoria. As lavouras estavam com um visual superior ao ano passado, mas quando as máquinas entraram é que se mensurou o tamanho da quebra”.
João Paulo Knackfuss, de Eldorado do Sul
“Aqui na fronteira oeste, a realidade é que teremos uma quebra generalizada, principalmente nas lavouras plantadas em outubro e novembro. O motivo é as altas temperaturas de janeiro e fevereiro. Fala-se em uma quebra de 20% a 30%”.
Alessandro Vasques Dorneles, de Itaqui
“No ano passado, minha produtividade foi de 8.700 quilos por hectare, mas em 2014, primeiro pela baita enchente em novembro e depois por causa do calorão de janeiro e fevereiro, a quebra nas minhas lavouras estão variando entre 30% e 40%”.
Ruben Gewehr, de Vale do Sol
“Tivemos uma queda de produtividade entre 10% e 15% comparado ao ano passado. Via de regra, a safra será menor que a anterior. Tem muito grão falhado, a lavoura é linda, mas na hora que a máquina entra é pouco grão pesado”.
Juliano Silva, de São Borja
“Já colhi toda a minha lavoura e o resultado foi excelente. Não registrei falha de grãos”.
Gilmar Freitag, de Cachoeira do Sul
FONTE: site da revista Planeta Arroz
MULTIMÍDIA
Acesse o site da revista Planeta Arroz (www.planetaarroz.com.br) e acompanhe em tempo real as notícias da cadeia produtiva do arroz.
IMPORTANTE
O site da revista Planeta Arroz alcançou no último dia 2 de fevereiro a marca de 30 mil assinantes de todo o Brasil. Há também cerca de 300 assinantes estrangeiros, em sua maioria do Mercosul, e de diversos países das Américas, como Peru, México, Cuba, Costa Rica e Estados Unidos. Chama a atenção a presença de leitores da Planeta Arroz em países como Portugal e Espanha, Arábia Saudita, Mali, Nigéria, Angola, Holanda, África do Sul. Iraque, Catar, Tailândia, Indonésia, Austrália, China, Vietnã e no Japão. O editor, Liberato Dios, destaca que estes são mercados mundiais importantes para o arroz, o que explica a curiosidade por informações brasileiras. "Hoje somos o principal site de referência ao arroz do Brasil. Isso nos leva a uma média próxima de 4 mil acessos diários", revela. Para ser leitor de Planeta Arroz online, basta fazer o cadastro gratuíto no site.
9 Comentários
Sou Ademar Kochenborger, produzo arroz com meus filhos Alan e Alisson na localidade de Porteira 7, estamos interessados em saber, onde fica a Propriedade de Gilmar Freitag?Pois estamos procurando uma área próxima com uma clima privilégiado como o dele,porque os outros produtores de Cachoeira chegaram a registrar 40% de quebra na produção, pelo excesso de calor então concluímos que para a propriedade dele não ter quebras é privilegiada pelo clima
A maior referência para analisar a produtividade esta ai para todo mundo ver, se chama mercado, arroz subindo em plena safra significa o que?
Esperem liquidar as cprs do cartel que em pouco tempo teremos arroz a r$40,00 e mais leilões de arroz velho do governo, pois agora começaremos a colher soja e vamos sentar em cima do arroz por um preço justo.
Deixo como opinião para melhoria do site um espaço para debates com tópicos, tipo o preço em cada região, pois as notícias mais comentadas depois de um certo tempo desaparecem da página inicial e bons debates ficam esquecidos.
Parabéns pelo melhor site de arroz do Brasil.
SOJA NA VARZEA NELES!!!
Parabéns a planeta arroz !!! sou cadastrado desde as primeiras publicações e recebo sempre sua bem elaborada newsletter.
Também acho importante manter um fórum de discussão para todos debaterem assuntos pertinentes a área, uma vez registrado teremos um belo histórico da evolução de vários assuntos.
Tenho propriedade rural em Arroio Grande, extremo sul do estado, onde planto arroz e soja por aqui estimamos uma queda de 20 a 30% da produtividade média em relação ao ano passado.
De fato o Seo Freitag esta de parabens, e deve ter guardado alguns cachos de arroz como trofeu . Deve ter acertado a epoca certa pra obter esse resultado, caprichou no fungicida e inseticida , deve ter mantido uma lamina de agua uniforme e rasa: porque agua funda e quente na fase do embarigamento pode cozinhar muitas flores e ate mesmo na floracao com exesso de calor e muita evaporacao pode prejudicar a flor tambem. Eu plantei uma parte em 8 de novembro , dia 12 ja estava tudo com enchente , dia 18 nasceu meio ralo. Neste usei 5 sacos de ureia e depois mais um na diferenciacao,nao usei fungicida e nem inseticida na floracao, colhi umas dezenas de cachos em media com 175 graos cada, constatava alguns com dez ,outros com 20 graos falhos dando ai uns 8,5% de quebra o que eu pra mim considero exelente, pois ano passado com frio de marco tive 40% de quebra. E pior ainda no ano retrasado
que esta lavoura foi plantada por ultimo la em dezembro e com frio teve quebra mais de 50% , nao dava pra ficar atras da maquina que tapava o individuo de casca. E as proximas lavouras vao ter quebras de mais de15% porque aqui na beira do Arroio Santa Barbara ja e a quarta enchente media(se fosse grande teria pego as lombas mais altas) o que esta levando muitos a colher o arroz meio verde porque ja esta deitando umas partes mais vicosas.
Parabéns a todos pelo debate e exposição!! Parabéns aos produtores que trouxeram informações de suas lavoras ao debate, parabéns ao Planeta Arroz pelo espaço e parabéns ao Jornal do povo pela exposição da matéria. Sinto que há um norte muito maior no setor e fico feliz por isso!
parabens a todos agricultores que aqui exporam suas dificuldades e principalmente aqueles que foram sinceros com a quebra de safra nesta safra,e boa sorte a quem conseguiu um clima milagroso em sua lavoura.
O IRGA nesta safra esta mostrando, na minha opinião, a sua total desorganização e tendencias politicas, pois as perspectivas da safra q divulgam não fecham. Sou responsável pela gerencia de vendas da empresa, então passo no campo, totalmente errado esta o Irga, é só sair do escritorio e ir a campo, pois a pesquisa feita pelo telefone, tras erros como o da opinião do do Gilmar, q pode ter acertado, mas a grande maioria 99,99% não teve tanta presteza ou sorte, talvez seja só uma pequena area.
Mais uma vez fica aqui uma sugestão ao site planetaarroz de se criar um fórum dentro do site para debates pois com o passar do tempo as publicações saem da página inicial e bons debates acabam se perdendo.
Parabéns pelas ótimas reportagens.
Muito bom esse debate e a sinceridade dos produtores,pois aqui na região de Tubarão e Treze de Maio,cidades do estado vizinho as melhores produtivi-dades so foram alcançadas com plantio na primeira quinzena de outubro. Com produção em torno de 8.000 kilos por hectare e com o decorrer da colheita a produção caiu acentuadamente entre 20% a 30%. Estou falando de variedades tipo puitã e Epagri. E as areas que ainda estão sendo colhidas a produçâo e desanimadora em torno de 5.000 kilos……