Arroz e feijão deixam o PF mais caro

Pelo menos dois alimentos que costumam estar todo dia no prato do brasileiro já estão mais caros. A dupla arroz e feijão fez o famoso "PF" aumentar por conta do impacto na safra.

O arroz com feijão nosso de cada dia parece que perdeu um pouco do sabor. Deixou de caber no prato e passou a doer no bolso.

O feijão rajado conhecido como carioca, o mais consumido no país, ficou 30% mais caro no ano passado, bem acima da inflação. O mulatinho também foi difícil de engolir, teve reajuste de 33%, em média. A opção foi o feijão preto, esse até caiu de preço.

O arroz também teve alta de quase 10%. Um dos motivos para os aumentos foi o clima, com muita chuva no sul do país e seca em outras regiões.

A Companhia Nacional de Abastecimento diz que o último levantamento divulgado no início do mês apontou uma queda na produção dos dois produtos. “Houve impacto realmente na produção de arroz do Rio Grande do Sul. Até final de dezembro, havia áreas alagadas então isso acaba tendo impacto na produtividade em si.

Quanto ao feijão, nós temos dois estados produtores. Para o feijão plantado em Minas Gerais, ano passado houve um veranico muito forte. No Paraná houve coincidência de chuva com a colheita, o que impactou a produtividade”, explica Cleverton Santana, gerente da área de levantamento e avaliação de safras da Conab.

As notícias indigestas não param por aí. Além do arroz e do feijão, a batata inglesa e carnes, como o contrafilé também aumentaram muito no ano passado. Ou seja, quem costuma comer fora no dia a dia pagou mais caro até pelo prato feito.

“O consumidor médio gasta 1,5% da renda com o prato feito. Com o arroz, feijão, batata e um pouquinho de carne. Que é um peso muito alto, para um conjunto só de quatro produtos na alimentação. Por isso que ele é tão importante e preocupa tanto essa alta muito forte”, afirma Luiz Roberto Cunha, professor da PUC