Arroz e feijão lideram em irregularidade de peso em Curitiba
Ipem coletou material para conferir se quantidade de produto era igual a impressa na embalagem.
Embora o porcentual de reprovação encontrado no peso das embalagens de itens da cesta básica indique um certo controle, o consumidor deve tomar cuidado na hora de levar para casa a imbatível dobradinha arroz com feijão. No universo de 94 itens analisados pela equipe do Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem), em novembro, foram os pacotes desses alimentos que apresentaram os maiores problemas, com peso menor ao indicado na embalagem.
De acordo com o gerente de Pré-medidos do Ipem/Curitiba, Sérgio Camargo, as irregularidades encontradas no peso dos produtos não ultrapassou a 2%.
– No caso do feijão da marca Tiova (que apresentou a maior diferença do peso), o porcentual de irregularidade foi de 1,59%.
No caso do arroz as marcas analisadas que apresentaram as maiores irregularidades foram Realengo e Fofinho, segundo o gerente.
Camargo ressaltou que na média, comparando o número de amostras analisadas (1.266) com os autos de infração (29), o peso irregular foi encontrado em 1,7% do universo da pesquisa.
– Esse não é um número desprezível, mas aponta uma situação de controle – pondera.
Camargo lembrou que, do mesmo modo que foram encontrados produtos com peso menor ao indicado na embalagem nas prateleiras dos supermercados paranaenses, existiram itens com peso a mais. Esse foi o caso da manteiga Cedrense, do trigo Anaconda e dos cafés Carol e Café das Oito.
– Para o consumidor, a melhor orientação, é procurar uma balança no próprio estabelecimento e fazer a pesagem – diz.
– No caso de uma embalagem de 1 quilo, esta deve sempre apresentar alguns gramas a mais por conta da embalagem. Se tiver menos, pode ter certeza que o peso está abaixo das normas -alerta.
Camargo lembra que, de acordo com a legislação, cada produto tem uma margem de tolerância para mais e para menos. E, no caso de irregularidade, o Ipem deve ser contatado pelo 0800 645 0102.
Metodologia A avaliação de itens tomou como base a cesta básica formada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese). Antes da coleta para exames no laboratório, foram feitos 1.676 exames prévios, no próprio local de revenda, na verificação de 8.380 unidades. O total de unidades encaminhadas e examinadas posteriormente no laboratório do instituto foi de 1.266, com 29 autuações lavradas por irregularidade quantitativa. Foram verificados lotes de produtos em cerca de 90 estabelecimentos visitados.
Dentre os produtos reprovados, os que apresentaram a maior diferença de peso em relação ao estabelecido na embalagem na região de Curitiba foram algumas embalagens de arroz, feijão, bacon, embutidos, óleo de soja, açúcar e farinha de trigo.
Em Londrina, problemas com algumas embalagens de arroz, feijão e charque. Em Maringá, o leite longa vida e novamente o arroz. Na regional de Cascavel, reprovação para alguns tipos de feijão, açúcar, sal e arroz, o elemento mais presente nas listas de irregularidades.
Cada produtor autuado tem 15 dias para apresentar sua defesa e as punições, estabelecidas pelo departamento jurídico do Ipem, variam entre a simples advertência até a multa máxima de 4.800 UFIRs.