Arroz e produtividade
Autoria: Luiz Hessmann*.
A Epagri é reconhecida, nacional e internacionalmente, pelo trabalho que realiza na pesquisa e na extensão rural e pesqueira. O lançamento, nesta quinta-feira, na Estação Experimental de Itajaí, da nova variedade de arroz SCS116 Satoru, que apresenta alta produtividade, consolida o status do Estado de Santa Catarina como o quinto maior produtor de alimentos do país, embora ocupe apenas 1,13% do território nacional.
Esta variedade de arroz, além da alta produtividade, é adequada para os processos de industrialização utilizados em SC, especialmente a parbolização. Também se destaca para o uso como arroz branco e atende as expectativas do consumidor brasileiro de arroz, conforme constatado por meio de testes de cozimento. Se, nos primeiros três anos, a variedade Satoru for plantada em 30% da área de arroz de SC (50 mil hectares hoje), e a produtividade média aumentar em 5%, teremos um acréscimo na produção de 350 mil sacas de arroz, o que, a preços atuais, representaria R$ 9,8 milhões de recursos injetados no setor produtivo, beneficiando a mais de 12 mil famílias e cerca de 50 mil pessoas envolvidas na cadeia produtiva do arroz catarinense.
A Epagri conduz um bem-sucedido programa de melhoramento genético de arroz irrigado que resultou no desenvolvimento de 16 cultivares do cereal, lançadas no mercado e plantadas em mais de 98% da área de arroz irrigado de Santa Catarina e em grandes áreas de outros estados brasileiros, bem como em alguns países da América do Sul, como Bolívia, Paraguai e Argentina.
Hoje, as cultivares de arroz produzidas pela Epagri estão entre as melhores do Brasil, sendo o Estado de Santa Catarina destaque como produtor da melhor semente do cereal do país.
Parabéns aos agricultores catarinenses, aos pesquisadores e colaboradores da Epagri.
*presidente da Epagri
4 Comentários
mais produtividade neste pais!!!para que! se produzindo 6000 kilos por hectares nao temos preço, imagine produzindo 30% a mais. onde a politica do governo é valorizar o produto oriundos de outros paises, e esquecer o produtor ja calejado e sofrido pela politicas de preços baixos deste pais.
Quanto mais produto menos preço.
temos que lançar a campanha fome alta produçao zero….. e mais facil importar, dar empregos no exterior ,e alem do mais quais sao as negociatas que estao por tras?
Junto com o aumento da produtividade (produção/hectare) cabe também o projeto de redução de desperdícios através de uma cadeia logística integrada de forma a não perder o ganho resultante de tais iniciativas. Sugiro um estudo neste sentido de forma a incentivar o produto a se beneficiar de programas deste nível.