Arroz é vida

 Arroz é vida

Hoje, 2 bilhões de seres humanos têm no arroz 60% de sua dieta calórica.

No dia 31 de outubro de 2003, na Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em Nova Iorque, o diretor-geral da entidade, Jacques Diouf, emocionou desde os dirigentes internacionais até o mais simples produtor de arroz do mundo. Estava lançado oficialmente o Ano Internacional do Arroz – 2004, sob o tema "Arroz é vida". "Este é um evento importante. A dedicação de um ano internacional ao arroz, um único cultivo, é singular na história das Nações Unidas", afirmou.

Por que o arroz? O arroz é cultivado em todos os continentes, exceto na Antártica. Como um alimento global, ele tem uma grande influência na nutrição humana e na segurança alimentar em todo o mundo. . o alimento básico para mais da metade da população mundial. Somente na Ásia, mais de dois bilhões de pessoas obtêm de 60% a 70% de sua dieta calórica deste cereal e seus derivados. O arroz é a fonte de alimentos que mais rapidamente cresce na África.

Há ainda mais a dizer sobre o grão. Aproximadamente um bilhão de famílias na Ásia, África e nas Américas dependem de sistemas de arroz como sua principal fonte de emprego e de sustento. Aproximadamente quatro quintos deste cereal, em todo o mundo, são produzidos por pequenos agricultores e consumidos localmente, para subsistência. Esta cultura ainda dá suporte a uma grande variedade de plantas e animais, os quais também ajudam a suplementar dietas rurais e renda. O arroz está, portanto, na linha de frente na luta contra a fome do mundo.

 

Questão de identidade

O arroz, em todo o mundo, é um símbolo de identidade cultural e de unidade global. O número de festivais,rituais, celebrações e receitas culinárias que estão centradas ao redor deste cultivo é notável. "Por todas essas razões, o arroz é vida", afirma o diretor-geral da FAO, Jacques Diouf.

Em 1963, uma iminente escassez de alimentos e a ameaça de fome, especialmente na Ásia, levaram à Campanha de Liberdade sem Fome da FAO. Uma das contribuições mais importantes ao sucesso da campanha foi o lançamento de cultivares de arroz altamente produtivas, como a IR 8, pelo International Rice Research Institute (Irri), em 1966. Isto resultou na revolução verde em muitos países produtores de arroz nas três décadas que se seguiram. Mais alimento foi produzido e a fome e a pobreza foram reduzidas. "Acreditamos que centros de pesquisas continuarão seu bom trabalho", destacou Diouf.

Tal tarefa deve continuar, pois hoje ainda existem 840 milhões de pessoas sofrendo de fome crônica, sendo que 50% vivem em áreas dependentes da produção de arroz como alimento, renda e emprego. Aumentos sustentáveis na produção de arroz são necessários. A produção de arroz, entretanto, está se defrontando com sérios constrangimentos. A população do mundo continua a crescer, mas os recursos de água e terras apropriadas à produção deste cereal estão diminuindo.

A revolução verde dos anos 70 aliviou de modo significativo o sofrimento global da fome em algumas partes do mundo, mas esses benefícios estão nivelados. É, portanto, oportuno para a comunidade global trabalhar em conjunto para aumentar a produção de arroz de maneira sustentável, o que beneficiará fazendeiros, mulheres, crianças e especialmente os pobres

 

MAPA-MÚNDI 

• Estimativas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentos indicam que um bilhão de lares na Ásia, África e América dependem da atividade arrozeira como fonte de emprego e renda.

• Cerca de 80% da produção mundial de arroz é consumida nas regiões produtoras e, por isso, o esforço para estimular o consumo e a produção de forma organizada é um importante aliado na luta contra a fome e a pobreza.

• O estabelecimento, pela FAO, de 2004 como o Ano Internacional do Arroz tem o objetivo de reduzir o atual nível de pobreza e de fome no Brasil e no mundo.
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