Arroz enfrenta escassez de água
Em Bagé, arrozeiros já fazem cálculos e tentam salvar o que não está perdido.
Enquanto esperam pela chuva para não acumularem mais prejuízos, cerca de 200 produtores de arroz de Bagé apelam para complicados cálculos matemáticos, que levam ao abandono de lavouras em piores condições por causa da estiagem. É a tentativa desesperada para salvar o que ainda é possível.
O presidente da Associação dos Agricultores da Região de Bagé, Ricardo Zago, afirma que muitas lavouras estão com 50% de suas áreas perdidas, em razão da falta de água. Zago explica que, em geral, as barragens usadas para irrigar áreas cultivadas têm água para, no máximo, dez dias.
Para tornar mais crítica a situação, a maioria das plantações ainda precisa de água por um período de 15 a 20 dias, até atingirem a fase de amadurecimento do grão e, assim, dispensar o uso da irrigação. Juntos, os municípios de Bagé, Hulha Negra, Candiota e Aceguá implantaram 27 mil hectares com o cereal na safra 2004/2005.
A colheita na região, segundo Zago, será iniciada entre os dias 5 e 6 de março. O dirigente estima que, se a falta de chuvas persistir nos próximos dias, cerca de 30% da produção estará comprometida. Hoje, esse número gira em torno de 25%.