Arroz exportado pelo Porto do Rio Grande aumenta 37%

De acordo com o superintendente do porto, Dirceu Lopes, a alta circulação de mercadorias observada neste semestre é resultado do bom momento econômico e produtivo do Rio Grande do Sul.

Nos primeiros seis meses de 2014, 635,5 mil toneladas de arroz foram exportadas pelo Porto do Rio Grande. O número é 37% maior do que o embarcado para fora do país no mesmo período do ano passado. O porto, que bateu recorde de circulação de mercadorias no primeiro semestre deste ano, foi a porta de saída de quase 94% do arroz exportado no Brasil entre janeiro e junho de 2014. Os dados são do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

Até o fim de junho, 40 países receberam o arroz embarcado em Rio Grande. Os principais destinos foram Venezuela, com 141,5 mil toneladas, Cuba, com 115,3 mil toneladas, e Serra Leoa, com 86,2 mil toneladas. Quando comparados os números dos seis primeiros meses dos últimos quatro anos, a quantidade de arroz exportado pelo Porto de Rio Grande só não superou a de 2012, quando os preços baixos do mercado interno e a ausência de barreiras tributárias pela Nigéria possibilitaram um recorde de exportação. Naquele ano, 989,9 mil toneladas de arroz saíram de Rio Grande com destino a outros países.

De acordo com o superintendente do porto, Dirceu Lopes, a alta circulação de mercadorias observada neste semestre é resultado do bom momento econômico e produtivo do Rio Grande do Sul. "O porto é reflexo de um planejamento produtivo que se instaurou no Estado. Tudo nos leva a crer que a performance industrial e agroindustrial no RS fará com que o Porto do Rio Grande chegue ao recorde de 35 milhões de toneladas movimentadas ao final de dezembro."

Segundo o presidente do Irga, Claudio Pereira, esse bom momento se reflete na balança comercial do arroz brasileiro, que há três anos apresenta superávit, fruto do trabalho coletivo de todo o setor orizícola. “Foi um conjunto de acertos e políticas estratégicas que possibilitaram o aumento das exportações e, por consequência, a manutenção de um mercado estável e com bons preços, mesmo em época de grande produção.” A balança comercial brasileira fechou o primeiro semestre do ano com superávit de 232,7 mil toneladas de arroz. Foram 677,1 mil toneladas exportadas contra 444,4 mil toneladas importadas.

Para Pereira, a estimativa é que, em 2014, a quantidade de arroz exportada fique bem próxima dos patamares do ano anterior, quando 1,2 milhão de toneladas saíram do país. O presidente enfatiza que, em longo prazo, com a possibilidade da implantação do terminal exportador arrozeiro no Porto do Rio Grande, as exportações devem aumentar. “O desenvolvimento do terminal arrozeiro vai dar agilidade ao embarque e ampliar a competitividade do nosso arroz”, afirma.

7 Comentários

  • Dólar em alta novamente… Bons ares para o produtor !!!

  • É isto que pedimos ao governo do estado, agilidade, ação, vontade de executar o que precisa urgentemente ser feito; esse terminal da CESA é de fato uma excelente alternativa para depósito e embarque exclusivo de arroz. A duplicação da BR 116 está andando bem, a BR entre Pelotas e Rio Grande está praticamente pronta (também duplicada), portanto acesso ao porto já temos, se as obras desse terminal forem efetivadas rapidamente, todos os meses bateremos com certeza, quantidades recordes de volume de arroz exportado, pois o mercado está provado que é promissor e o principal temos: arroz de excelente qualidade e indústrias processadoras qualificadas para exportar ao mais exigente mercado consumidor.

  • Exportar é nossa unica solução , pois o mercado externo remunera melhor do que o interno, hoje as industrias estão dizendo que o mercado não paga mais que os R$ 35 ,R$ 36 atuais , então nós gauchos que temos um arroz de qualidade superior, temos que procurar um mercado exportador que remunere essa qualidade e que nos pague um preço que compense o nosso alto custo de produção .

  • Comqistar novos mercados emantendo os atuais e aunica saida amigo kleiton ,diesel caro,agro qimicos salarios energia e atabela orelhana comendo pela perna ,preçominimo a 27 e uma piada,soja nalavora de arroz neles .Arroz a 36.5 ta no limite ja comprei com 25 sacos 1000 l d diesel em 2001,agora os mesmos 1000 tenho q ter 67.1 sacos,este e o brasil q acha o arroz caro .

  • Como disse Flavio, dólar subindo.
    Com a qualidade do produto gaúcho, a tradição orizícola, a procura por novos e melhores mercados é a única saída. a situação demostra uma coisa: a economia brasileira não vai bem. Consumidor não paga mais que R$ 2,00 Kg do arroz por não ter condições devido à inflação e ou, ficou mal acostumado historicamente. Um destino pra essa situação e seu desenrolar é a diminuição do padrão do arroz vendido no Brasil, que terá que importar tailandês de baixa qualidade ( pois o país asiático tem arroz de boa qualidade sim, mas o vende também para os mercados que pagam mais e deixa seus ratarroz pra nós ) e promover o arroz de sequeiro das regiões centro-oeste do país . O que não pode é o produtor continuar dar seu produto de alta qualidade por motivos de dificuldade de repasse e ” prostituição” do mercado feito por marcas inconsequentes. Marcas tiro no pé!!
    Com relação ao “Soja na várzea”, devemos ter parcimônia com esta questão, a comodite agrícolas está despencando nas últimas semanas, pra se ter um exemplo, eu vendo óleo de soja e o preço caiu de R$51,44 para R$ 43,90 uma queda em três semanas de 14,65%.
    Boa sorte a todos e que a rentabilidade sustentável seja possível em nosso setor!

  • INFORMAÇÃO ÚTIL: Vendi arroz “preso” indústria Pelotas a R$ 37,00 semana passada. E quem precisa levar arroz de Jaguarão e arredores pra Rio Grande, se alerte que a balsa em Santa Isabel está funcionando pra bi-trem e poupa 02 pedágios e 80 km. Sds

  • INFORMAÇÃO ÚTIL: A exportação é basicamente de casca para a Venezuela e Cuba. A Exportação que se fala vai de vento em popa, não trás ao governo do estado garantia de arrecadação e nem de geração de riqueza pois o que é comprado por nós da industria vira salário, ICMS, etc. …..

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