Arroz repete maior cotação e 2014 e governo confirma dois leilões

 Arroz repete maior cotação e 2014 e governo confirma dois leilões

Exportação de casca aumenta e Brasil lucra com isso

Indicador Cepea/Esalq bate em R$ 36,90 no Rio Grande do Sul e o MAPA confirma leilões de oferta de 30 mil toneladas nos dias 25 de setembro e nove de outubro. Balança comercial alcança superávit de 217 mil toneladas.

Com uma conjuntura favorável a partir de ligeira alta nos preços internacionais em agosto segundo referencial da FAO, bom volume de exportações, queda nas importações, baixos estoques governamentais e demanda estável no mercado doméstico, além da perspectiva de manutenção de área na próxima safra, o mercado do arroz no Rio Grande do Sul repetiu nesta quinta-feira (11/09) a sua maior cotação do ano, segundo o segundo o indicador de preços do arroz em casca da ESALQ/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa: R$ 36,90. Anteriormente este preço havia sido alcançado no dia 24 de janeiro. Com isso, a saca de arroz de 50 quilos (58×10), acumula 0,49% de valorização no mês de setembro e alcançou o equivalente a US$ 16,10 pela cotação desta quinta-feira. Em dólar, houve uma queda de 33 cents por saca.

O governo brasileiro, que já havia autorizado a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a leiloar até 550 mil toneladas de arroz com Preço de Liberação de Estoques de R$ 33,45 por saca, reagiu rapidamente e já marcou dois leilões de oferta para os dias 25 de setembro e nove de outubro. Inicialmente cada leilão ofertará 30 mil toneladas. A previsão é de uma oferta de aproximadamente 200 mil toneladas em seis leilões até o final do ano, o que representaria praticamente 40% das disponibilidades atuais do grão na Conab, indicadas em 544,4 mil toneladas em seu site. Representantes das indústrias e dos produtores buscaram escalonar a oferta e assegurar que a intervenção do governo não seja nociva aos preços ao produtor, mas o governo é irredutível na necessidade de vender arroz. Estes recursos permitirão subsidiar outras operações da Conab.

No mercado livre os preços médios no Rio Grande do Sul ficam entre R$ 35,00 e R$ 36,00 ao produtor e até acima de R$ 37,00 para o produto colocado na indústria. Em Santa Catarina as cotações estão levemente abaixo dos patamares gaúchos, na faixa de R$ 34,00 a R$ 35,50. Nota-se que a indústria permanece com dificuldades em repassar preços ao varejo, mas este está mais receptivo a pequenos reajustes. No Mato Grosso houve ligeira elevação para a saca de 60kg, com 55% acima de grãos inteiros.

SAFRA

A elevação das cotações reforça a posição de que os produtores mais capitalizados estão conseguindo fracionar a oferta do cereal de forma ao mercado buscar a valorização do arroz, especialmente por causa da boa rentabilidade de soja no primeiro semestre. A safra gaúcha ainda não começou pela volta das chuvas e queda das temperaturas nesta semana no Rio Grande do Sul. Espera-se que com um clima mais firme e quente na próxima semana, as plantadeiras entrem pra valer na Fronteira Oeste e no Litoral Norte. As expectativas dos organismos estaduais gaúchos e catarinenses são de que a área se manterá estável, em Santa Catarina na faixa de 150 mil hectares e no Rio Grande do Sul em 1,11 milhão de hectares. Duas são as preocupações dos produtores no momento: a expectativa de um clima desfavorável com a ocorrência do fenômeno climático El Niño, uma vez que cerca de 40% da área gaúcha ainda precisa passar pelo preparo de solo, e a previsão de queda nos preços da soja, cultura que tem sido vital para o desempenho dos preços do arroz. Os volumes de água nos mananciais dão garantias para a irrigação do arroz, que se o clima for favorável, poderá superar a produtividade da safra passada em pelo menos 5%.

BALANÇA COMERCIAL

O Brasil acumula saldo positivo de 217 mil toneladas de arroz (em base casca) desde o início do ano comercial 2014/15, segundo os números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) referentes às exportações em agosto. Este foi o sexto mês consecutivo marcado por superávit na balança comercial de arroz, apesar da menor intensidade: o Brasil embarcou 79,6 mil toneladas (base casca) e adquiriu 59 mil toneladas no mês. Destacou-se a venda de 31,5 mil toneladas de cereal em casca à Turquia. Desde março o Brasil exportou 666,5 mil toneladas de arroz em base casca, 164,8 mil toneladas a mais do que no mesmo período no ano passado. Mantida a média mensal, o País poderá consolidar mais de 1,33 milhão de toneladas expedidas. As empresas brasileiras já adquiriram 449,4 mil t de arroz, 139,5 mil toneladas a menos do que o volume da temporada anterior. Mantida a média mensal até fevereiro de 2015, o Brasil comprará 900 mil toneladas no exterior.

MUNDO

O relatório de oferta e demanda de setembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projeta a produção mundial de arroz branco (beneficiado) em 476,98 milhões de toneladas em 2014/15, levemente acima das 476,06 milhões t alcançadas na temporada passada. O comércio mundial de arroz beneficiado é estimado em 41,15 milhões t. O consumo seguirá maior do que a produção em quase 5 milhões de toneladas de arroz branco, em 481,8 milhões de toneladas. Enquanto isso, a USDA prevê que os estoques finais do cereal devem alcançar 105,13milhões de toneladas, com queda de 4,8 milhões de t. Para 2013/14, foram estimados estoques de 109,97 milhões de toneladas.
Os grandes produtores mundiais do cereal serão a China (144 milhões de toneladas), a Índia (103 milhões t), a Indonésia (37 milhões/t), Vietnã (28,2 milhões t), a Tailândia (20,5 milhões/t). O Brasil deve colher 8,35 milhões.

MERCADO

A Corretora Mercado, de Porto Alegre (RS), indica preços médios de R$ 36,80 para o arroz em casca em sacas de 50kg (58×10). O cereal branco, em saco de 60 quilos tem referência de R$ 73,00, sem ICMS/FOB. Registra forte reação nos preços dos quebrados. O saco de 60 quilos do canjicão alcançou R$ 43,00, a quirera valorizou 50 centavos, para R$ 38,50 (também em 60 quilos) e o farelo de arroz, colocado em Arroio do Meio (RS), alcançou R$ 390,00 a tonelada. A expectativa é de que o mercado de arroz siga em alta, apesar do leilão no final deste mês. O baixo volume ofertado e a expansão de mercados nas vendas externas, ajudam neste sentido.

28 Comentários

  • Já era esperada está insensibilidade do governo federal, (Conab), aguardemos pois a resposta nas urnas.

  • Seu Carlos deixa que venham o leilões de pixuá… Vamos vender arroz a R$ 45 em breve… Seja feita a vontade do rei… 200.000 t/6 = 35.000 toneladas por leilão… kkk… Vai ser uma carneação… Vão ter que pagar R$ 40 pro arroz do governo… 35.000 toneladas não dá para nada!!! Mais uma vez o governo acena com uma coisa e faz outra… Dá para confiar??? Por isso a gente alerta o pessoal prá não plantar demais e depois ter que vender arroz para o governo… Sabedoria eh não aumentar a área e plantar a dose certa!!! Acabou até o arroz paraguaio… upa lê lê…

  • Boa Noite Arrozeiros.
    Se reduzirmos 125.000ha para a próxima safra e trabalharmos com o teto de 1.000.000 de ha, teremos chance de experimentar ganhar dinheiro com a próxima safra. Este é o momento. Vender para o governo, espero que ninguém se atreva mais, nem a 15 pilas. Nosso trunfo é que o mundo está conhecendo o nosso arroz!
    Para informação: em Cachoeira está sobrando áreas de arroz, que ninguém mais se atreve a arriscar!
    Abraço.

  • Governo se opõe ao setor produtivo.Mesmo com posição unanime da cadeia produtiva (produção e indústria) contra a realização dos leilões, governo vai realizar leilões de arroz após 25 de setembro.
    Alguns fatos:
    – o PLE (preço de liberação de estoque) no valor de R$ 33,45, valor calculado que autoriza a venda por parte da Conab, é inferior a média do custo total calculado pela própria Conab (dados de maio de 2014), que é de R$ 33,57, ou seja, ao governo é permitido intervir no mercado, mesmo antes dos produtores terem lucro, mesmo com os custos levantados pela própria Conab, sem dizer que esse é o valor médio, pois em Cachoeira o custo total calculado pela Conab é R$ 35,56.
    – os estoques do governo de apenas 536.000 ton representam apenas 15 dias de consumo, pouco provável que possam interferir nos preços de mercado, e expõe o governo ao risco de ficar sem nenhum estoque (segurança alimentar), ou seja, na tentativa de baixar preço ou de auferir receita, corre o risco de deixar a população exposta a falta de alimento. Alguém dirá, mas tem produto até a colheita, sim realmente tem, escasso mas tem, mas e se a safra atrasar, não vamos nem pensar em quebra, fevereiro e março sem colheita, população sem arroz.E o el nino tá aí.
    Não dá pra entender essa forma equivocada de governar!!!!
    Mas é lição e aprendizado ao produtor, por isso concordo com os dois comentários acima, precisamos protestar nas urnas, de lá sai a resposta para político e burocrata de orelhas compridas, vamos nós do setor agrícola ver bem nossos candidatos, desde o deputado estadual até o voto pra cadeira do planalto central, e concordo também que é na definição da área que eles vão perceber que tem de nos escutar, vamos fazer da dificuldade do el nino a nossa limonada, vamos encurtar a área, colher com produtividade e recuperar no preço do produto a receita aparentemente perdida. Abro a campanha da redução individual de 10% da área, assim ano que vem colheremos lucro e não decisões equivocadas do governo. Soja na várzea. Abraço.

  • Mercado Interno ainda travado…Norte e Nordete escalonando poucas compras…Aviso de leilões sinalizando para Atacado e Varejo refrearem aumentos da Industria…Complicado este ano para Mercado de Arroz Beneficiado…Teremos espaço para mais Aumentos em casca ??? Não sei dizer, mas nuvens escuras no Horizonte…Bom Trabalho a Todos…

  • A União faz o Arroz! Enquanto continuarmos espaçando a relação dos elos da cadeia do arroz, o governo terá força para derrubar as leis de mercado. Pois a única coisa que interessa para esse desgoverno que está ai, é populismo e mais voto e vice-versa. Agora, se unirmos todos os envolvidos seria capaz de termos mais chances contra essa esquerda obtusa que está posta à mesa. Os produtores controlarem melhor a área plantada, os industrias deixarem de comprar arroz apenas pelo preço e não pelo custo benefício, e nós representantes sermos mais duros na hora de negociar com o varejo. Assim a qualidade do arroz vendido nas gondolas sobe e o consumidor terá gosto em pagar o tão temido R$ 10,00 por pacote de 5Kg.
    A problemática na verdade se trata de um ciclo vicioso, o produtor planta mais que deve, o industrial importa opções mais baratas e os representantes sempre cedem em ofertar preços mais baixos. Vender arroz pro governo apenas em situações extremas e em quantidades restritas.
    O dólar voltou a subir, a qualidade do arroz gaúcho é um fato e a procura por novos mercados externos também é uma saída, assim como a diversificação de culturas na lavoura. Propagandas pagas por entidades orizícolas, explicando o custo benefício para a saúde do consumidor não deixa de ser uma opção conjunta. O que não dá mais é o mercado em casca estar em média R$36-37 e existirem marcas vendendo um tipo 1 colocado em SP a R$ 45-46. Isso bagunça e puxa o mercado todo para baixo, mas enfim… Me colocando em meu lugar, um reles representante comercial, vejo que poderíamos todos buscar o lucro tão desejável, de certo, do jeito que está, a luz no fim do túnel apaga-se cada vez mais.
    Avista-se mais um governo populista que tem como único ideal se manter no poder as custas da miséria e em detrimento da produtividade nacional. A indústria acumula quedas de produção consecutivas, a inadimplência esta cada vez maior, em levantamento publicado hoje pela Folha, mais de 3,5 milhões de empresas estão com alguma inadimplência em suas finanças, o maior número da média histórica. E isso, claramente gera consequências para o arroz, produto de alto giro e popular.
    A população não quer pagar mais por um produto de alto consumo, pois a economia não vai nada bem e a mesma já sente na pele, os custos de produção estão cada vez maiores e o que ocorre hoje é, o orizicultor não pode ter seu lucro porque o governo não foi competente em baixar os custos de produção e agora quer faze-lo via terrorismo, com sua célula Al-Quaedeana – CONAB.
    Enfim, são muitas as questões do setor e sei que nenhuma é tão simples, mas o que pra mim esta claro e simples é: com esse desgoverno não dá mais!

  • Prezados, me segurei e prometi a mim mesmo que não iria comentar, mais o vício é mais forte……Todos tem um pouco de razão, porem não podemos deixar de falar que a culpa não é do governo. É DE NÓS MESMOS. O Sr. Felipe tem razão, o orizicultor planta demais, ou planta quem não tem condições de vender na hora certa. A Industria compra da mão pra boca (quem é capitalizado lucra um monte com isso) e os representantes cedem as pressões do varejo. Tudo verdadeiro. Só que mesmo se nós todos fizermos uma ação e juntos combinarmos mercado futuro, pagamento pelo justo ao produtor e forçarmos a venda nos preços que necessitamos, MESMO ASSIM VIRÁ UM FULANO DE TAL E VENDERÁ MAIS BARATO PORQUE SE ACHA MAIS ESPERTO E VAI VENDER E TIRAR O ESPAÇO DO CONCORRENTE. Enquanto tivermos esse pensamento de pais de vigésimo mundo, vamos todos morrer de fome, e olha que tem arroz vendido barato a R$ 7,99 em uma rede com 40 lojas no RS e estava na oferta do diária gaúcho este final de semana. Não adianta combinarmos nada se não cumprimos. O arroz do governo vai vir e vai ter ágio. O produto de qualidade sabemos onde esta, porem enquanto as industrias fizerem as contas sobre as liquidações para calculo da tabela de preços (Campanha R$ 34,50, Zona Sul R$ 37,50, P.costeira interna R$ 38,00 e aqui a R$ 36,00) nunca vamos sair da miséria. A Água que batia no peito, já beira a ponta do nariz…..Enquanto estou desde 22/08 lutando para vender arroz em São Luis/MA a R$ 57,00 tem marca de engenho de tudo quanto a lado vendendo arroz a R$ 39,00 + R$ 11,00……dá pra acreditar??? Isso sem falar nos hermanos de Santa Catarina que liquidam arroz o ano todo e os preços no sertão da BA,PE, PI e PB passam o ano todo entre R$ 51,00 e R$ 52,00 alem das famosas programações de pedidos…esses mesmos hermanos que vem até aqui e pagam o preço que deus até duvida e fazem as contas que fazem….SOMOS MUITO BURROS MESMOS….Para se ter uma ideia, uma rede hoje do Maranhão disse bem assim: Eu tenho arroz de R$ 50,00 a varrer. Ou tu vende a tanto ou ta fora….Lamentável!!!!!! Não dá pra ser feliz mesmo……

  • Sr Antonio Paulo, só lhe digo uma coisa…Na minha região Sul aqui, já fecharam VARIAS INDUSTRIAS DE ARROZ….E vão fechar mais….VAI FICAR SO AS GRANDES E QUE TENHAM MARCA……A Pequena sumirá de vez….Abraço.

  • Há alguns meses atrás eu falei aqui (usei o termo OLIGOPÓLIO) e disse que as pequenas e médias sucumbiriam… Falei em Concorrência Predatória… Muitos não deram bola e outros me tacaram o pau… Nunca defendi a indústria, mas sei da importância dela na cadeia orizícola… Aliás muitas se proliferaram quando o arroz era comprado por R$ 15, ou 16, ou 17 pilas naqueles anos de vacas gordas (para elas)… Nos últimos 3 anos inverteram-se os papéis e os produtores que “restaram”, uns mais capitalizados e outros com algum crédito estão focados na produção racional e rotação de cultura… Tenho que confessar que as frustrações nas últimas safras contribuiram para a atual escassez de arroz… Que os preços melhoraram para o produtor (não são os ideais para ter rentabilidade desejada), mas na outra ponta o preço parou (consumidor)… Não queria usar esse termo, por talvez ser um tanto pejorativo, mas a SELEÇÃO NATURAL, processo absolutamente normal aonde há muita concorrência, principalmente a predatória, vai excluindo do mercado os que não se adaptam ao sistema… Isso aconteceu várias vezes com os produtores… Lembro de 1994, 2001, 2010… Os únicos que não são afetados sempre são o varejo, o governo e os bancos… e os consumidores que via de regra são “os protegidos”… Seu Felipe gostei muito das sua colocações… Acho que é por ai mesmo… Estamos na contra-mão da história e do desenvolvimento!!!

  • Infelizmente na cadeia do arroz funciona a lei do mais forte, tanto para industria como para o produtor, onde a força se mede pela capitalização, produtores capitalizados compram seus insumos mais baratos e vendem sei produto no momento que querem não no momento que chegam as contas.
    As industrias capitalizadas inundam os produtores descapitalizados com CPRS e liquidam arroz na safra com um preço mais baixo, assim sua matéria prima fica mais barata que as concorrentes.
    Na cultura da soja o mercado futuro e as opções de troca de soja por insumos diminuem a diferença entre o produtor capitalizado e o não.
    Só vejo uma forma da cadeia do arroz ser mais estável e acabar com as especulações, a SOJA NA VARZEA nos ensinou isso que se chama MERCADO FUTURO.
    SOJA NA VARZEA NELES!!!

  • Com a entrada de soja na várzea isso que está acontecendo era previsivel. Onde as indústrias picaretas vão fechar , pois ao vender arroz amarelado como tipo 1, vão perdendo o consumidor que percebe no paladar o que é arroz bom ou não. E o produtor inteligente se capitaliza , porque não pode,nunca pode e não poderá contar com os governos que são politiqueiros. Já disse e repito que esse ano estamos mal de candidatos. Teria inumeras razões pra justificar essa afirmacão, mas não vou perder tempo. E só vai ter lucro quem puder produzir e vender o produto acima DE R$40,00 REAIS, e isso se planejar muito bem os custos . ENTÃO SOJA A TODO VAPOR.

  • É importante relembrar que esses leilões são insignificantes, é só observar:
    Estoque da CONAB 544,4 mil T se o Brasil consome em torno de 1 milhão T por mes, ora, então temos que o estoque do governo é para apenas 15 dias.
    Volto esse assunto por que no meio da maioria dos produtores quando fala-se em “LEILÃO” … ” 6 LEILÕES “… apavoram-se e logo pensam em ofertar produto. Mas esses LEILÕES são insignificantes, as 35 mil T ofertadas correspondem ao consumo de 1 DIA do país.
    Hoje o arroz é o alimento mais barato que temos a mesa, considere o rendimento de 1 kg de arroz e o valor do mesmo para uma família de 4 ou 3 pessoas… quantos dias de alimentação saudável?
    As grandes indústrias, com todo seu poder, devem trabalhar é o preço final e não espremer os produtores que já estão abaixo do limite mínimo…. mas, infelizmente, essa é a maneira mais fácil e barata de “resolver o problema” ainda amparada no terrorismo dos tais leilões.
    Se o governo acha que deve manter o valor baixo então subsidie.
    GENTE, VAI FALTAR ARROZ, vejam o déficit mundial… consumimos mais que produzimos…
    Só lembrando em 2003 arroz vendido a R$ 40,00 de lá para cá quanto subiram os insumos ?

  • Isso ai plantem SOJA A TODO VAPOR que ela valerá um monte conforme acompanho as cotações na bolsa de Chigado…..SABE DE NADA INOCENTE!!!!!

  • Esta é a vantagem da soja meu amigo Antonio, temos uma noção do futuro e podemos adequar nossos custos e área conforme isso, além do que já podemos fazer vendas antecipadas ou não, quando este mecanismo chegar no arroz vamos ter mais estabilidade.
    SOJA NA VARZEA NELES!!!

  • Antes de me crucificarem, me chamarem de chorão, de maluco, que a época de comprar arroz barato acabou, a teta secou e mais um monte de adjetivos, me expliquem como uma empresa consegue vender arroz para o maior cliente de Caxias do Sul (rede com mais de 15 lojas) e este cliente colocar o arroz em oferta a INCRÍVEIS R$ 5,99 o pacote de 5kg? Se alguém conseguir me explicar a lógica por favor estou aguardando….

  • A outra informação: Uma empresa de Santa Catarina que também vende arroz na serra gaucha e mente que seu preço de venda é acima de R$ 55,00 oferta a todo mundo arroz ao cliente posto a R$ 7,47 (fardo R$ 44,80)……É POR ISSO QUE INFELIZMENTE OS PEQUENOS COLOCAM ARROZ TIPO RATALINO NO PACOTE PARA COMPETIR COM ESSES PIXUÁS…..Sr. Flávio, o senhor que é um dos mais atuantes deste site, me ajude a tacar o pau nesses caras pois só assim é que vamos conseguir sair do sufoco, pois é sacanagem atrás de sacanagem…Arroz a R$ 5,99, concorrente hermano vendendo de SC até Cx,do Sul a R$ 44,80, arroz tipo ratalino no pacote…….O QUE MAIS NOS FALTA?

  • Caro amigo Antonio, vou compartilhar então com o senhor alguns preços que me informam no mercado hoje…..NÃO POSSO AFIRMAR QUE SÃO VERDADEIROS MAIS É O QUE ME COMENTAM OS CLIENTES E REPRESENTANTES: BAHIA – Arroz Olimpio Just R$ 51,00, Arroz Coradini T2 R$ 49,00, Arroz Namorado R$ 52,00 – RIO GRANDE DO NORTE – Arroz Namorado R$ 52,00 , Arroz Chinês R$ 52,00 – MARANHÃO – Arroz Pampeano R$ 50,00 , Arroz Namorado R$ 53,00 – ACRE – Arroz Butui R$ 48,00 – Alagoas: Arroz Coradino T2 R$ 51,00 – Arroz Kiarroz R$ 53,00 – Arroz Tio Loro R$ 51,50 – Pernambuco – Arroz Chines R$ 51,80 …….SE FOR VERDADE como é que vamos pagar R$ 37/38 reais no casca se o frete até lá é próximo de R$ 10,00 por fardo caminhão e Navio+caminhão?????

  • Antonio Paulo: renovo o apelo que o senhor acione a Câmara Nacional do Arroz, onde o sindicato SINDARROZ e o SINDAPEL tem vez e VOZ, pedindo a correspondente fiscalização do pacote no varejo

    SINDARROZ (51) 32272366 secretario Cezar Gazzaneu
    (55) 99710150 presidente Elton Doeler

    SINDAPEL (53) 21238080 presidente acho que é Jairton Russo

  • Sr. Augusto NÃO POSSO TAMBÉM AFIRMAR QUE É VERDADE mais certamente se não for exatamente estes preços ONDE HÁ FUMAÇA, HÁ FOGO. Uma coisa que aprendi com os anos mexendo nesse negócio de arroz é que os clientes jogam os preços para baixo, os representantes também são menos firmes nas negociações e nós industrias somos fracos, pois na necessidade de fazer dinheiro para pagamento dos compromissos muitas vezes aceitamos os negócios e empurramos os preços para baixo. No mercado restrito de matéria prima como o de hoje onde sabemos que CEPEA é R$ 36,90 e o mercado disponível é outro realmente a conta não fecha. Os clientes estão confortáveis na aquisição de arroz, pois mesmo que não seja exatamente a verdade se eu, o senhor e ou qualquer outra marca ofertarmos arroz mais caro, os clientes não compram e nós acreditamos nisso, e em contrapartida baixamos nossos preços e a ciranda pega e os preços que não eram verdadeiros, vira e mexe, acabam baixando….O MERCADO COMPLICADO ESSE!!!!

  • Seu Antônio Paulo, não gosto de meter o bedelho na área em que não tenho pleno conhecimento… Mas uma coisa posso lhe dizer… Milagres não existem… E por isso teremos muitos pedidos de recuperação judicial e até de falência muito em breve… É triste dizer isso, mas na minha opinião é o que poderá vir a acontecer… Pois estão queimando gorduras acumuladas durante os anos de vacas gordas ou estão torrando os estoques para sair da atividade … Não tem como vender arroz (digo arroz de qualidade e muito menos quirera) a R$ 5,99 o saco de 5kg e não ter prejuízo… Nem os que compraram no 2×1 das CPRs, nem os que importaram do Paraguay, nem os da Tailândia… Não há magia que faça uma empresa ter lucro assim… São camikases atrapalhando o mercado em conjunto com estratégias de marketing de supermercado para atrair consumidores com arroz, feijão e azeite barato, para poderem gastar mais em supérfluos depois… Mês sim, o preço está R$ 5,99, no outro R$ 9,99 (para a mesma marca)… Topam tudo… Essa prostituição mercadológica (se é que posso usar esse termo porque eh uma maneira fácil de alavancar clientela) forma a concorrência predatória que me referi acima… E a SELEÇÃO NATURAL vai ser a única forma de eliminar essa situação… repito: o sol nasce para todos , mas tem que haver bom senso… E querer pagar menos de R$ 40 para o produtor na próxima safra será mais uma vez um desestimulo, quando na realidade governo, bancos, indústrias, varejo deveriam procurar incentivar a produção e o aumento de renda no país, em detrimento da especulação financeiras (que já responde por quase 30% do nosso PIB)… A soja irá subir em breve… A pressão para baixo se deve a necessidade de comprar insumos, de pagar os bancos e pagamento de finames… Na cultura da soja temos safra, entre-safra e mercado futuro… No arroz só incertezas, desestimulo, especulações e contas que não param de crescer … Peço desculpas pelo pessimismo, mas não vejo luz no fim desse túnel !!! Que bom que nosso debate está civilizado… Mas é uma pena que as grandes indústrias, o governo e o varejo ainda se mostram insensíveis as mudanças que estão por vir… É uma pena porque pode custar muito caro para reconstruir tudo o que foi feito até agora…

  • arroz medianeira, ai do RGS, dando arroz na região de Botucatu, região de marilia, precisando comprar arroz a 33,00 para competir com o dele, alguém tem para vender ??? e não da pra falar q é arroz comprado na safra ne, porque todos estão sem estoque.!!!

  • Sr. Antonio, entendo a sua posição, com certeza os preços praticados são verdade sim, e os que vendem barato essa semana reclamarão dos que vão vender barato semana que vem. Não que eu seja a favor da concentração do número de indústrias, mas temos beneficiadores em excesso. O problema citado é falta de controle de oferta e isso vai causar a cada momento alguém vendendo com preço baixo, isso só será resolvido com a redução do número de engenhos, coisa que já vem gradualmente acontecendo. Mas até resolver essa situação, não podem os engenhos que tem uma dificuldade maior de mercado tirar o seu resultado do produtor, isso fortalece ainda mais as indústrias com qualidade/marca e preços de venda melhores a garantirem melhor posição no mercado, pois eles seguem vendendo com melhores preços e comprando mais barato. É o mesmo que o produtor capitalizado não querer que o descapitalizado venda quando o preço está ruim. Solução, até ser possível controlar melhor a oferta é entidades fortes, com liderança efetiva que tente organizar um pouco a situação, que com conhecimento o Sr. retrata. Abraço.

  • Sr. Antonio, assim como o senhor, eu enfrento todo o dia o mesmo problema. Minha equipe de vendas reclama (muitas vezes com razão, outras vezes nem tanto…) que não consegue vender pois sempre tem alguém queimando preço. Sr. Ricardo, o senhor esta certo. As empresas capitalizadas conseguem melhores condições, tanto de aquisição como de venda muito em parte pela sua excelência e competência, porem existem muitas empresas pequenas que conheço e médias como a que eu trabalho que mesmo fazendo todo o esforço possível, sofrem com a quantidade de marcas e empresas na atualidade. Nós aqui pagamos arroz hoje na faixa de R$ 38,50/R$ 39,00 e infelizmente pelo que foi exposto acima, NÃO CONSIGO REPASSAR…..Não é só preço baixo que faz com que o mercado trave. O Arroz dos outros estados também interfere e muito. Cada grão produzido fora do RS é entrave para a nossa venda de beneficiado. Sei que muitos vão dizer que estou errado, mais como estou aqui no RS e penso no bem da cadeia como um todo, esta é minha posição. Se temos 60% da produção nacional, devemos nós ditar o mercado não é verdade???? Não adianta somente baixarmos preços na ponta tirando do produtor, como também não adianta pagarmos mais caro porque o mercado infelizmente hoje não aceita. Ainda chove arroz sendo ofertado de industrias com planta no MT, TO, GO e arroz importado chegando no nordeste. O mercado não quer pagar pelo nosso arroz bom pois só compra da mão pra boca. Porque vai pagar mais caro se tem um monte de pixuás vendendo barato? Hoje temos uma melhor competitividade devido a força que o SINDARROZ fez buscando melhorar a tributação para a venda de fora do estado, porem ainda não é o bastante. Cada um briga com as armas que dispõe. Estamos na ponta sul do pais, longe do mercado consumidor do norte e nordeste e estamos sofrendo com a forte concorrência de SC, que possui menos industrias e portanto tem mais facilidade na aquisição de arroz para deposito e depois faz média com o que compra aqui no segundo semestre…. A distancia mata nosso preço com fretes quase R$ 2,00 mais caro, alem do que já ouvi aqui acima de taxa de CDO, Funrural, etc…. Pela primeira vez vejo um debate civilizado como comenta do Sr. Flávio e acho que é o caminho para a profissionalização do setor. Vender barato para fazer volume não é a solução, e sim rentabilizar o negócio, se tenho prejuizo vendendo 1 fardo barato, imagina torrar metade da produção só pra fazer o varejo feliz…. Se todos nós unidos ofertássemos arroz a R$ 200 reais e todos mantivessem a firmeza nas negociações o supermercadista teria que comprar nosso arroz, pois sua gondola não pode ficar vazia. Fiscalização da qualidade do arroz no pacote, firmeza e profissionalismo por parte de todos nós é a saída para que possamos fortalecer o setor…..assim como o amigo Antonio, aprendi que está em nos mesmos a solução do negócio e faço de suas palavras as minhas quando diz que nosso mercado é COMPLICADO, porem cabe a nós descomplicar com ações efetivas para tirar quem estraga o mercado do ar. Que venha a seleção natural e deixe que quem trabalha e faz conta, esse certamente não vai quebrar….Abraço.

  • Quem aumentou a produção em mais de 88 % nos ultimo 13 anos foi o RS ai esta a explicação para tudo isto.

  • Seu Jaime gostaria de saber de onde o sr. tirou esse percentual de aumento de 88% em 13 anos? Pelo que sei o RS produzia em torno de 5,2 milhões de toneladas em 2001-2003… Se hoje produz em torno de 8 milhões, acho que sua conta não bate (houve um incremento de 53% não mais que isso) !!! E todos sabem que o aumento de área foi insignificante perto do aumento de produtividade… Em 2001 se colhia em média 230 sacos por quadra, hoje se colhe entre 300 a 350 sacos por quadra… Isso se chama eficiência alcançada pelo emprego mais racional de tecnologia!!! Então, na minha humilde opinião aumento de produção em qualquer país sério seria uma coisa salutar… Geraria riquezas, empregos e tributos em havendo mercado equilibrado… O que não é salutar é importar arroz do Mercosul, da Tailândia, do Vietnã, da Conchinchina para inundar nossos supermercados e sucumbir a produção nacional… Irracional é um Estado pagar “x” de ICMS e, outro, o dobro ou o triplo… Sem fundamento é vender arroz na prateleira, a R$ 1,20 o kg… Peço desculpas se estou falando besteira… Mas se tem arroz que empata nosso mercado interno é o importado sem necessidade… Não criemos revanchismos regionais e estaduais… É uma grande bobagem… O país produz 12,1 milhões de toneladas e consome 12,5 a 13 milhões… O problema está no arroz importado e, contra a entrada dele é que temos que nos voltar… É por causa dele que volta e meia temos que vender arroz pro governo… Se não houvesse importações, não haveria excedentes no país… É ou não é ??? Como bem falou o colega acima… Se o governo quer dar comida barata para o povão que subsidie então !!!

  • Arroz nos atacados em SP/Capital, variando de 46 a 50 reais; nas indústrias daí para cima ; produtos sendo em parte vendidos subsidiados pela próprio atacado e em parte são como voces dizem pixuás baratinhos; as redes nem sempre pagam barato, mas usam de táticas de guerrilha( nos fim de semana, ofertas de 1 dia, ou jornais com anúncios de 1 semana), com verbas recolhidas de aniversários ou outras coisas, e parte delas usadas para subsísdios em produtos de alto giro com capacidade de atração, a fim de tornar suas ofertas matadoras da concorrencia.
    Entregar em SP está cada vez mais caro e perigoso; o valor do frete tem influenciado muito no preço final, e não tem pra onde correr; entregas em bairros, carreta na maioria das vezes não pode circular ou não entra, e se entra não manobra. Entregar de truck é mais adequado mas não ajuda a diminuir o custo; conta dificil de fechar. E os IMPOSTOS…recentemente houve aqui em SP o feirão do IMPOSTO, para novamente DENUNCIAR o estupro contributivo a que somos diariamente submetidos. Haverá solução? 39% dos eleitores parecem mais preocupados em perpretarem sua comodidade reelegendo o atual Governo para poderem receber seus vales-X, vales-Y, enquanto o resto trabalha duro para pagá-los sob pena de sermos presos ou termos nossos bens apropriados pelo Governo (que administra tdo muito bem né?) e nomes ferrados.
    Triste sina deste país; uma minoria de interessados nas comodidades pessoais ferram os quase 60% restantes, estão aí a História dos sec. 19 e 20 para nos mostrar, onde entrou o comunsmo ou socialismo, as administrações foram catastróficas e os paises passaram fome terriveis.

  • Seu Flavio concordo plenamente em tudo que falou só que falaram que erram os hermanos catarinense os culpado de ter muito oferta de arroz.

  • Parabéns Sr.FLAVIO e ANDERSON pelos seus depoimentos, assino embaixo.

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter