Arroz RS: em busca da sustentabilidade

 Arroz RS: em busca da sustentabilidade

Transferência de tecnologia: integração pesquisa e produtor

Em três anos o Irga mudou o perfil da lavoura de arroz do Rio Grande do Sul. E está mudando a estrutura da cadeia produtiva local
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A tecnologia está mudando o perfil da lavoura gaúcha de arroz. Este salto de produtividade e de qualidade na orizicultura está diretamente associado ao desenvolvimento dos projetos do Programa Arroz RS, pelo Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga). O ganho de uma tonelada na produtividade média das lavouras gaúchas proposto para acontecer em quatro safras, foi alcançado em três anos graças às ações de manejo para alta produtividade (Projeto 10), sistema Clearfield, qualificação e treinamento de mão-de-obra, Projeto CFC, Projeto de Melhoramento Genético do Arroz, Projeto Sementes, entre outros.

O presidente do instituto, Maurício Fischer, destaca que este aumento de produtividade na lavoura gaúcha, de 5,5 mil quilos por hectare para 6,5 mil, é importantíssimo diante da grave crise de comercialização que vive o setor. “O produtor está procurando tirar um pouco da diferença na produtividade e torna-se muito competitivo da porteira para dentro da propriedade. Faltam políticas nacionais para resolver os problemas, mas dentro da lavoura os gaúchos estão entre os melhores produtores do mundo”, explica.

O pesquisador Valmir Menezes destaca que o conjunto de tecnologias oferecido pelo Irga à lavoura arrozeira gaúcha é um dos mais completos que o setor já teve. “A integração da pesquisa e do produtor e a disponibilidade de material genético, sementes de alta qualidade, orientação de práticas de manejo para altas produtividades, gestão ambiental da lavoura e treinamento de mão-de-obra formam um conjunto de ações que não tem como o produtor não aumentar o volume de grãos produzidos”, explica. Segundo ele, a absorção da tecnologia pelos produtores é surpreendente.

Transferência – O gerente do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural, Luis Antônio De Leon Valente, que coordena 53 profissionais dos núcleos de assistência técnica e extensão rural (Nates), cobrindo todos os municípios arrozeiros, destaca a participação de produtores nos dias de campo locais, regionais e estadual. “Reunimos mais sete mil produtores nessas atividades este ano. Isso é surpreendente e demonstra o tamanho do interesse dos arrozeiros gaúchos em buscar competitividade e transferir a tecnologia da pesquisa para suas lavouras”, revela.

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