Arroz sofre com excesso de chuva na Fronteira Oeste

Agricultores estão sendo obrigados a replantar lavouras para reduzir perdas.

Devido às cheias do Rio Uruguai, 20 mil hectares de arroz estão embaixo d’água na Fronteira Oeste. Pelo menos 80% dessas áreas precisarão ser plantadas novamente pelos arrozeiros.

O replantio — que deve ser iniciado na metade de novembro, fora da época ideal — pode baixar a produtividade da cultura na região, conforme estima o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

Mesmo com vários rios acima do nível normal em outubro e novembro, o problema de alagamento em lavouras de arroz, segundo o Irga, foi localizado na Fronteira Oeste

Para Gustavo Hernandes, agrônmo do instituto em Uruguaiana, cidade que mais produz arroz em todo o país, é precipitado falar em considerável baixa na produtividade. Porém, já é possível concluir que haverá alguma alteração.

Segundo Hernandes, como a água do rio Uruguai invadiu as lavouras ribeirinhas, as plantas de arroz mais desenvolvidas morreram por excesso de umidade e as sementes apodreceram.

— Agora, os arrozeiros esperam a água baixar para plantar de novo. Mas esse plantio é tarde e a colheita será mais tardia ainda. A produção deve baixar, só não se sabe o quanto — afirma.

O Irga projeta que, para cada hectare que o agricultor tiver de replantar, gastará cerca de R$ 500 a mais.

Produtores de arroz há 18 anos, Carlos Simonetti e seu irmão Paulo Ricardo Simonetti, tiveram 20% de suas lavouras inutilizadas em Uruguaiana. O prejuízo só não foi maior porque, sabendo da previsão de aumento do nível do rio, a família não plantou o arroz nas áreas mais baixas.

— Mesmo assim, a água pegou a lavoura. O prejuízo vai ser grande: vamos ter de replantar em torno de 260 hectares. Sem falar que devemos estar replantando só na metade de novembro, período que não é o mais adequado para semear. A produtividade vai baixar — adianta Carlos Simonetti.

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