Arroz tem 15% da área colhida no Rio Grande do Sul
Segundo o presidente do Irga, Maurício Fischer, a incidência de ar frio e os ventos constantes, principalmente nas regiões litorâneas, estão causando um índice maior de esterilidade, ou seja, de grãos falhados.
O Rio Grande do Sul dobrou o percentual da área colhida de arroz esta semana e tem 15% do processo concluído. De acordo com o acompanhamento do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), até o momento mais de 1 milhão de toneladas do produto foram retirados da lavoura e a produtividade registrada chega a 7,2 mil quilos por hectare. A expectativa, porém, é uma redução dos rendimentos devido ao frio repentino que atingiu algumas regiões do Estado nos últimos meses.
Segundo o presidente do Irga, Maurício Fischer, a incidência de ar frio e os ventos constantes, principalmente nas regiões litorâneas, estão causando um índice maior de esterilidade, ou seja, de grãos falhados. Fischer acredita que o Estado colherá 6,8 milhões de toneladas. Se for confirmada a expectativa, os gaúchos produzirão 400 mil toneladas a mais que na safra passada.
A preocupação, conforme Fischer, é a chegada de uma nova massa de ar frio na próxima semana, que poderá reduzir os índices de produtividade. Cerca de 25% da área ainda se apresenta no estágio reprodutivo, onde o prejuízo é maior com as oscilações climáticas, afirma o presidente do Irga.
Com 55% do processo finalizado, o município de São Borja, na Fronteira Oeste gaúcha, é o mais adiantado na colheita. A região tem 25% da área colhida e uma produtividade de 7,5 mil quilos por hectare. Na Campanha, o procedimento foi concluído em 17% da área, com destaque para Cacequi, que tem 22%. Já na Planície Costeira Externa, o município de Santo Antônio da Patrulha alcançou 23% da área colhida durante a semana, enquanto que a região tem 13%.
A Depressão Central e a Planície Costeira Interna tem cerca de 10% da colheita concluída e a Zona Sul registra apenas 3%. No ranking de produtividade, Uruguaiana e Quaraí, com 8,5 mil quilos por hectare, lideram até o momento, seguidos por Agudo e Rio Grande, ambos com 8 mil quilos por hectare.