Arroz tem colheita concluída e quebra confirmada de 16% em relação a safra passada.

Preços reagem, mas não remuneram produtor.Demanda das indústrias melhora, com percepção de oferta curta e baixos estoques.

A colheita do arroz no Rio Grande do Sul está finalizada e a quebra se confirmou em 16% neste ano. De acordo com dados da Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Estado) o percentual corresponde a uma produção total de 7,3 milhões de toneladas na safra 2015/16.

Nesta temporada as lavouras foram atingidas severamente pelo clima e o prejuízo é equivalente a produção total da Argentina, segundo levantamento do Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz).

Com a baixa oferta, os preços do arroz sem casca no estado vem acumulando altas. De acordo com o informativo semanal do Cepea, o indicador ESALQ/SENAR-RS apresentou valorização pelo terceiro mês consecutivo, fechando a R$ 43,65/sc na terça-feira (31).

"Estamos vivendo preços historicamente muito bons e as cotações poderão bater a casa dos R$ 50,00/sc", destaca o presidente da Federarroz, Henrique Osório Dornelles.

Além da queda na produção, Dornelles ressalta que os orizicultores estavam retraídos das vendas à espera de preços ainda maiores, chegando até mesmo a comprometer sua renda.

A princípio as indústrias internas também demonstraram resistência em elevar as cotações, "mas à medida que o mercado externo estava pagando o que os produtores pediam – dando força às exportações – os mercados domésticos resolveram adotar outra postura", explica.

Apesar da melhora nos preços, os custos médios da safra de arroz foram de R$ 6,71 mil por hectare plantado, o que representa uma alta de 17,8% em relação ao ano anterior. Na temporada anterior o custo de produção ficou em R$ 5,72 mil por hectare, que significou a necessidade de uma sacas de R$ 38,10 para cobrir os gastos, contra R$ 44,71/sc no período 2015/2016.

Entre os itens que mais pesaram no bolso do produtor estão à energia elétrica, com aumento de 47,4%; a aviação agrícola, consequência da alta dos combustíveis, com 35,5%; além do adubo com 24,4% e dos agroquímicos com 22%.

"Esse aumento no custo e dificuldade para aquisição de crédito, muitos produtores poderão deixar de plantar. Na próxima safra, a área cultivada no Rio Grande do Sul, certamente, será melhor, podendo cair de 1 milhão de hectares", alerta Dornelles.

4 Comentários

  • Seria mais democratico se a quebra ficasse em torno de 20%, acho que retração não comprometeria a renda , muito pelo contrario, só tem a aumentar com a suba de precos e com a soja nesses patamares, não tem pq vender arroz agora. SDS.

  • Pronto…Saiu o Numero Mágico tão esperado…Parece que a Produção Total sera de 10.500 milhão de Toneladas…..Agora, e deixar o mercado Fluir e quem Puder mais, Chora menos, como sempre foi a lei de Oferta e Procura……….Bom Negócios…

  • É de dar nojo ler este tipo de notícia, querem enrolar a quem ? A FEDERARROZ dando anuência a um total produzido no estado de 7,3 milhões de ton, isto é ridículo, não tem a mínima procedência.
    Os interesses pessoais e das entidades ligadas ao meio produtivo e seus dirigentes estão extrapolando a inteligência e a paciência dos produtores, ACORDEM ou serão defenestrados por quem realmente trabalha e produz, chega de palhaçada e mentiras interesseiras.
    A queda na produção foi monstruosa, ultrapassa os 30 %, vão criar vergonha cara e falar a verdade.

  • Se a quebra foi de 16% mesmo porque razao os preços estao subindo 2 vezes por semana nesse ano ??? Ok. Me respondam e eu paro de acreditar em conto da carochinha… Ano passado, que teve uma quebra parecida com essa anunciada, nessa epoca o arroz era vendido a R$ 33… Entao me respondam porque razao estao pagando R$ 45 jah agora… Algo nao fecha senhores!!!

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