Arrozeiros apresentam problemas do setor ao Ministério da Agricultura

Mesmo com sinalização de renegociação de dívidas, Federarroz discorda de preço mínimo proposto pela Conab
.

Com o objetivo de buscar soluções para conter a crise de preços do setor arrozeiro, representantes de entidades estiveram nesta quinta-feira, 2 de julho, em Brasília (DF) conversando com integrantes do Ministério da Agricultura para debater a situação dos produtores do grão.

Entre os temas em pauta estiveram a renegociação junto às instituições financeiras em relação à tomada de recursos em safras anteriores. Os dirigentes foram recebidos pelo secretário de Política Agrícola da pasta, André Nassar.

Segundo o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, a mensagem que os arrozeiros queriam transmitir de que o setor não vive um bom momento foi elucidada.

Informa que o ministério disse que estaria trabalhando junto aos bancos no sentido de facilitar as renegociações. "Isto é algo momentâneo do mercado e que precisamos diminuir a oferta para chegarmos a uma estabilidade e posterior aumento dos preços.

Eles se comprometeram a se empenhar de conseguir os alongamentos sobre a renegociação de 2013 com o objetivo de dar mais serenidade ao mercado para que os produtores possam negociar melhor o produto", salienta.

Sobre o preço mínimo, foi ratificada a posição de que os números foram estudados junto ao setor e as entidades e enfatizada discordância com o valor de R$ 29,68 estabelecido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ficando aquém da média levantada pelo órgão junto aos produtores durante o mês de março.

"Eles ratificaram o posicionamento de que não iriam reconsiderar este valor. A imagem que a Conab passou para nós foi de uma total falta de transparência. Analisando a tabela que eles divulgaram, não era aquela que as entidades que haviam validado. Apontamos falhas claras sobre metodologias que não estavam corretas", explica Dornelles.

Apesar de um endurecimento por parte do governo em relação aos números, O presidente da Federarroz salienta que ainda há a expectativa de mudança nestes números já que não foram votados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Uma audiência pública na Câmara dos Deputados será realizada dia 8 de julho para debater o assunto do preço mínimo e custos de produção do arroz. Além da Federarroz, participaram da reunião representantes do Instituto Riograndense do Arroz (Irga), Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), parlamentares gaúchos e catarinenses e representantes dos produtores.

3 Comentários

  • Não é surpresa nenhuma a postura da CONAB em relação ao preço mínimo, órgão federal gerenciado por integrantes de um governo populista que não dá a mínima para os produtores de arroz , leiloando estoques na contra mão do mercado penalizando a classe, e ainda os tachando de ” Chorões “; podemos esperar o que deste órgão ?
    As ” entidades representativas ” não deveriam perder tempo falando com essa ” gente .” É gasto de saliva, qualquer demanda proposta já sabemos de antemão que não será aceita.

  • Tinham que ter ido a Brasília para pedir recursos para plantar soja! Esqueçam do arroz, pois vocês vão se enterrar cada vez mais para dar dinheiro para os agiotas, para a indústria, cooperativas, varejo e comida barata para o povão… Nada vai melhorar… Tudo só vai piorar nesse país… Luz vai subir 43% até o final do ano… Diesel 20% e assim por diante… Tem gente que vai virar esqueleto e não vai aprender isso… Quem não pagar bancos e fornecedores esse ano não planta… Se plantar ano que vem perde tudo!!! É a triste realidade, mas as pessoas tem que achar outras alternativas… TRABALHAR PARA OS OUTROS FICAREM CADA VEZ MAIS RICOS É BURRICE… O custo de um saco de arroz vai chegar aos R$ 45 – 50 ano que vem… Plantem soja ou criem gado… 1 kg de picanha está 50 reais aqui em Santa Maria… 1 Saco de 50 kgs de arroz custa R$ 32… Se puderem montar um abatedouro e um açougue montem… Soja vai valer R$ 80 ano que vem ou mais… A produção mundial está sendo um fracasso… Muita chuva em alguns lugares… Seca em outros… O governo está apavorado para cumprir a tal meta fiscal e vocês acham que estão preocupados com os arrozeiros… A conta vai ser nossa… Dinheiro de banco vai sair para os que tem garantias e que geralmente não precisam… Duvido que prorroguem as dívidas por 10 anos… Alguns NOTA GRANDE vão ter que aprender a viver e conviver com a crise… Esse país está CAMBALEANTE !!! PAREM DE EMPURRAR COM A BARRIGA E CAIAM NA REALIDADE…

  • Uma vez representados pela Federarroz e Irga temos certeza que argumentos nao faltaram para apresentacao clara e objetiva do custo de producao, que margeia R$ 40,00 quando levantado pela equipe do Barata a pedido da Federarroz. Está na hora do produtor dar total apoio a esses representantes para que possamos ajudar e ao mesmo tempo cobrar resultados. Com certeza esse assunto é de interesse de todos agora é hora de mobilização total. Tem algum site, grupo wats, email …. onde possamos estar todos mais on line possivel? Caso negativo sugiro a criacao eu me prontifico a ajudar para criar esse link on line.

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter