Arrozeiros avaliam propostas hoje
Máquinas voltaram às ruas ontem em São Pedro do Sul e hoje em Paraíso do Sul. Irga apresenta estudo técnico sobre viabilidade de alteração na classificação do grão comercializado.
Os produtores de arroz gaúcho avaliam hoje, em Cachoeira do Sul, a proposta do governo federal que destinou R$ 1 bilhão ao setor produtivo e o anúncio extra-oficial dos técnicos do Ministério da Agricultura (Mapa) de mudar a classificação padrão do arroz para que seja aceito R$ 23,20 por saca de 50 quilos. Como citou o presidente da Federarroz, Valter José P”tter, o Mapa propôs classificação de 50×18 (para cada 50 grãos inteiros há 18 quebrados), ao invés da 58×10. Hoje, o Instituto Riograndense do Arroz (Irga) deve apresentar estudo técnico das tabelas de ágio e deságio para confirmar se a proposta é bom negócio.
Conforme o presidente do Irga, Pery Coelho, que observou que não há sequer confirmação de que a verba de apoio à comercialização tenha sido transferida do Ministério da Fazenda para o da Agricultura, nesse patamar, o arroz de maior qualidade poderia chegar a R$ 26,00/saca. ‘Seria um preço mais justo’, apontou, lembrando que nos últimos 12 meses o valor ao consumidor caiu 24% contra recuo de 45% ao preço ao produtor.
Segundo P”tter, que comandará assembléia da Federarroz, com adesão de dirigentes da Farsul, serão mantidos o bloqueio realizado na aduana em Itaqui e as mobilizações em diversos pontos do Estado. A pauta incluirá a participação dos orizicultores no tratoraço a Brasília, que deve mobilizar 20 mil produtores de diversos segmentos na Esplanada dos Ministérios entre os dias 27 e 29.
Hoje, pequenos produtores de arroz de Paraíso do Sul farão ato público das 8h30min às 16h, no trevo de acesso do município, para protestar contra o preço pago. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município, Mário Grutzmacher, não descarta fechar a rodovia e realizar tratoraço. Ontem, 300 arrozeiros de São Pedro do Sul protestaram com 200 máquinas agrícolas no trevo da BR 287.
