Arrozeiros de Itaqui e Maçambará querem exportar

Presidente do Sindicato Rural de Itaqui e Maçambará avalia o momento da orizicultura e elenca algumas medidas necessárias.

O presidente do Sindicato Rural de Itaqui e Maçambará, Pedro Alcântara Monteiro Neto, em uma avaliação do V Seminário de Agricultura e Pecuária realizado pela entidade, afirmou estar bastante preocupado com a forte queda dos preços do arroz no Rio Grande do Sul.

Segundo ele, neste momento alguns fatores são determinantes para reverter este quadro. Destaca, entre eles, a liberação de recursos com juros compatíveis para a comercialização como mecanismo para reduzir a oferta neste momento.

Um dos fatores mais importantes, para o dirigente sindical da Fronteira-Oeste, é a retratação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) por ter divulgado números superestimados para a safra brasileira, amplamente divulgados no país. “Já foi constatado e está comprovado por empresas sérias da iniciativa privada e consultorias que houve um equívoco por parte da Conab”, acrescentou Monteiro Neto.

Para ele, a divulgação do 5º Levantamento de Safra, prevista para a próxima semana, é uma boa oportunidade para corrigir a informação que vem gerando grandes prejuízos ao setor.

Ainda segundo o presidente do Sindicato Rural de Itaqui e Maçambará, a concretização de contratos de exportação do arroz em casca gaúcho, com interessados importadores de outros países e a preços melhores do que os praticados no mercado interno, será de grande importância para o setor. “Estaremos sinalizando aos demais elos da cadeia produtiva do arroz que temos outras opções de venda”, afirma.

Para Monteiro Neto, esta situação evidencia que os parceiros do Mercosul, Argentina e o Uruguai também estão buscando outros mercados, até mesmo pela larga experiência como exportadores.

BOLSA

A nova alternativa de comercializar arroz através da bolsa de mercadorias, com objetivo único e exclusivo de gerenciar, regular e controlar a oferta, é um mecanismo que deve ser adotado em maior escala, segundo o dirigente sindical. “Também porque oferece total segurança e transparência para o produtor e para a indústria compradora”, acrescenta.

Para ele, é de suma importância que seja dada uma maior divulgação, por parte das entidades representativas do setor, de fatores relevantes e que podem interferir no mercado interno, como os altos preços internacionais, inibindo as importações e também facilitando as exportações a partir do Brasil e do Mercosul.

Com os preços internacionais em alta, bem como o aumento do custo do frete internacional, o custo de internação do arroz no Porto de Rio Grande hoje é de R$ 47,00 de terceiros países. Da Ásia, fica entre R$ 34,00 e R$ 37,00, mas para arroz de qualidade duvidosa. Enquanto isso, o produtor gaúcho poderá exportar por valores similares ao mercado interno, com a vantagem de enxugar a oferta interna, e até maiores e obtendo lucro.

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