Arrozeiros debaterão, em Uruguaiana, o endividamento

Setor também vai discutir dificuldades de acesso ao crédito.

A Associação de Arrozeiros de Uruguaiana está convocando os agricultores da Fronteira Oeste gaúcha para uma assembleia geral com representantes da Federarroz na próxima quinta-feira, 14, às 15h na Associação Agrícola e Pastoril do município.

A pauta prevê o debate do endividamento agudo do setor, bem como a dificuldade de acesso ao crédito de comercialização da safra atual e de custeio da próxima temporada.

Os preços praticados neste final de colheita pelo mercado brasileiro, especialmente o gaúcho, também serão tema dos debates.

Com uma safra superior ao esperado e dificuldades para exportar a partir do fechamento do terminal da Cesa no Porto de Rio Grande, o setor demonstra preocupação com a demora numa reação das cotações, hoje entre R$ 35,00 e R$ 35,50 na maior parte das praças gaúchas.

Enquanto isso os custos devem aumentar significativamente para a próxima temporada, agregando reajustes de energia elétrica, combustíveis e insumos, que são afetados pelas cotações do dólar.

7 Comentários

  • Que bom que Federarroz venha até a Fronteira Oeste para debater assuntos que tanto preocupam os arrozeiros da região.
    Só espero que se debata também o porquê da situação a que chegamos. Não adianta querer tapar o sol com a peneira e ficarmos somente na choradeira. É hora de propormos mudanças.
    Sabemos perfeitamente que uma das causas de estarmos com o preço tão baixo são as vendas desnecessárias feitas no decorrer do ano passado pela Conab. E porque ela vendeu? Porque antes as lideranças do setor foram a Brasília implorar para que o governo comprasse o arroz. O atual presidente da Federarroz foi eleito porque prometeu novos ares na gestão da entidade. Portanto não podemos e não devemos repetir os mesmos erros das gestões anteriores, e que se debata de verdade um novo caminho para o nosso negócio, que está trocando seis por meia dúzia há um bom tempo.
    Boa reunião a todos.

  • Manchetes estamparam esse espaço… Comemorou-se a liberação dos Pré-Custeios pelos Bancos… A Federraroz também comemorou a notícia… Pois bem, agora ouço falar que o preço do arroz está caindo porque os produtores estão ofertando arroz em demasiado para a época para pagar as dívidas já que os bancos não estão liberando os pré-custeios sem GARANTIA REAL HIPOTECÁRIA… Bom se isso for verdade é o fim da picada… É VERGONHOSO… Na fronteira-oeste a quebradeira é geral… 30% não plantam ano que vem… NOVIDADE ??? nenhuma… Incompetência ??? talvez… O fato é que o governo muda a regra do jogo ao seu bel prazer… Tenho pena das indústrias que estão sufocando o que der… Ano que vem terão que correr atrás de qualquer quirera que encontrarem por ai… Não há supersafra… O que há é excesso de oferta nesse momento… A RECESSÃO CHEGOU PARA FICAR… Quem tem uma gordurinha vai sobreviver… Quem está esgoelado… Bau bau… É a SELEÇÃO NATURAL que falei há 2 anos atrás… Competência??? quando mudam as regras toda a hora… Não acredito !!!

  • Não podemos plantar mais de 1.000.000 de ha de arroz. Não podemos plantar mais de 1.000.000 de ha de arroz. Não podemos plantar mais de 1.000.000 de ha de arroz. Não podemos plantar mais de 1.000.000 de ha de arroz. Não podemos plantar mais de 1.000.000 de ha de arroz. Não podemos plantar mais de 1.000.000 de ha de arroz. TUDO QUE PLANTARMOS A MAIS, A CULPA É NOSSA. DEPOIS NÃO ADIANTA FICAR SE QUEIXANDO PARA O BISPO!

  • Ok Fernando Hoerbe: e qual é tua fórmula mágica para alcançar esse objetivo de 1 milhão de hectares como limite??? Com certeza não é escrevendo 100 vezes a mesma frase que vai fazer com que isso aconteça, não é?
    Não te esqueça que tens que combinar com TODOS os aproximadamente 18 a 20 mil produtores do RS. Isso sem falar dos Catarinas, do pessoal do Centro Oeste, do norte brasileiro, etc. Bueno aí vamos ter ainda que combinar com os Paraguaios, os Uruguaios e Argentinos, não é mesmo??????

  • nesta reunião temos que saber da planilha de custos feita pela federarroz e irga, e se as altas produtividades das lavouras comentadas pelo estado afora estão dando retorno em lucro ao produtor, ou só para as empresas de insumos e para as industrias que trocam dinheiro por produto, para se abastecerem e manobrar com o preço do arroz. para alta produtividade teremos altos custos com tecnologias, em um produto como arroz que não tem preço estável que quem menos controla o preço é o produtor não sei se da certo

  • Seu Walter não há como combinar nada… Se eu diminuir 20%, talvez outro produtor aumentará esses mesmo 20% (produtor-engenho que está muito bem)… Na safra 2011/2012 muita gente plantou menos (aqui na Depressão Central o pessoal abandonou o arroz e plantou soja nas várzeas)… Pois bem o arroz subiu de R$ 17 e foi até R$ 38 por aqui… O que aconteceu? o pessoal voltou a plantar arroz e abandonou a soja (essa que teve uma redução nos preços de R$ 80 para R$ 60)… Talvez o que o Sr. Fernando esteja pedindo é que o pessoal tenha consciência de que plantando muito, os preços despencam… Então porque o pessoal não dosar a plantação de forma a tentar produzir mais, com menos área plantada… Ou até mesmo produzir menos arroz já que a concorrência interna e externa está grande e não estamos conseguindo exportar os excedentes como devíamos… A única coisa certa é que produzir arroz e receber entre R$ 30-35 não é lucrativo para ninguém… Nem para incompetentes… Nem para competentes… Interessa a indústria, varejo, bancos e o governo tão somente… Produtores e comerciantes se lascam com isso… Mas tem outra solução… Quem não está conseguindo se manter na atividade que busque outra alternativa de investimento… Quem não tem vocação para o arroz que pare de plantar antes de perder tudo o que tem… Tem muitos que não tem como fazer isso porque tem pesa, pesinha, finames, securitização, cprs, refis, etc… A situação é muito delicada… Ciclicamente o arroz tem vivido crises… E por falta de uma política agrícola estável e definitiva estamos muito expostos a essa insegurança econômica… O Brasil não quebra porque de tempos em tempos os produtores são obrigados a pagar uma conta muito cara… Um dia o pessoal acordará e verá que somos marionetes na mão desse sistema perverso…

  • Ok amigo Walter Arns. Só para complementar o que já relatou meu advogado Flávio, é muito simples: fazer contas, o que muitos colegas arrozeiros insistem em não fazer. Não existe fórmula mágica, mas saber que colher 45 sacos de soja por hectare de várzea resulta em R$600,00 livre no bolso do arrozeiro é a certeza de que não existirão mais Arrozeiros PUROS. As cultivares de soja evoluíram muito, muito mais que as Cv de arroz. Suportam excesso de chuvas, falta de chuva e, com o acúmulo de experiências, poderemos colher muito mais. E atrás desta rotação, largar uma tropa de bois para faxinar, também ajuda muito.
    Abraço

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