Arrozeiros defendem preço mínimo na abertura da colheita

O preço de comercialização do arroz pautou a sessão pública da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembléia Legislativa em Santa Vitória do Palmar (RS), no primeiro evento oficial da 14ª Abertura da Colheita do Arroz.

O preço de comercialização do arroz pautou a sessão pública da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembléia Legislativa hoje em Santa Vitória do Palmar (RS), no primeiro evento oficial da 14ª Abertura da Colheita do Arroz, na Granja Darci Zanetti.

Como não vai haver super-safra este ano e a demanda é maior que a oferta, defendeu-se o valor de R$ 33,00 como o mínimo para vender a saca de 50 quilos do arroz em casca. Outros argumentos são o aumento de 25% nos custos de produção em relação ao ano anterior, provocado principalmente pelas máquinas e implementos agrícolas. O custo médio ponderado, segundo o Irga, ficou em R$ 29,79 a saca de 50 quilos do arroz em casca, calculado em fevereiro de 2004.

O atraso nos repasse dos recursos para a comercialização da safra e a elevação da Tarifa Externa Comum (TEC – hoje, em 10% para o arroz em casca e 12%, para o beneficiado), também foram assuntos levantados na reunião.

Outro problema para os produtores do cereal, segundo o presidente da Associação dos Arrozeiros, Paulo Bueno, é a existência de duas lavouras de arroz no Rio Grande do Sul: uma (em torno de 30%) que se beneficia do crédito rural e dos juros baixos e, desse modo, prospera; e outra (os restantes 70% dos produtores), que fica fora do mercado competitivo.

A fim de solucionar o problemas desses agricultores que não possuem cadastro bancário, está se formatando um novo mecanismo de comercialização: os contratos de opção privado, no qual a indústria passaria a lançar opções para os produtores/cooperativas, com apoio do Governo.

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