Arrozeiros e prefeitos da Fronteira cobram soluções de Bolsonaro em Pelotas

 Arrozeiros e prefeitos da Fronteira cobram soluções de Bolsonaro em Pelotas

Kochenborger: novo encontro com o presidente para cobrar mesmas medidas

Encontro foi em Pelotas, essa manhã, articulado pelo senador Luis Carlos Heinze, e o presidente anunciou que a prorrogação do custeio de julho e agosto foi aprovada hoje.

O prefeito de São Borja, Eduardo Bonotto, representando os prefeitos da Fronteira Oeste, e mais o presidente da Associação de Arrozeiros de Camaquã (AAC), José Carlos Gross, e o presidente da União Central de Rizicultores (UCR), Ademar Kochenborger, tiveram acesso ao presidente da República Jair Bolsonaro nesta segunda-feira, em Pelotas (RS) onde ele cumpria agenda. O encontro foi intermediado pelo senador Luis Carlos Heinze. Produtores e prefeito entregaram documento com reivindicações ao presidente e voltaram a cobrar soluções para a crise arrozeira, que afeta dramaticamente a economia regional.

Aos produtores, Bolsonaro afirmou que é apenas o treinador do time, mas que vai se empenhar em cobrar posição de seus ministros sobre o assunto. Delegou ao senador a função de buscar informações sobre o andamento de soluções estruturais para a orizicultura e repassar ao setor. “Temos máximo interesse em que esse setor tão importante para o país tenha dias melhores e condições de produzir e pagar as contas”, afirmou o presidente.

Segundo Kochenborger, o encontro serviu para lembrar ao presidente da República que desde a reunião do dia 11 de julho, na qual ele determinou que os ministérios da Agricultura e da Economia encontrassem solução para a crise orizícola, nada de novo aconteceu, exceto as prorrogações que foram aprovadas somente hoje pelo Conselho Monetário Nacional, com quase um mês de atraso. Com isso, as parcelas que venceram em 20 de julho e vencerão 20 de agosto, serão divididas em três e agregadas aos vencimentos de 20 de setembro, 20 de outubro e 20 de novembro.

“Coloquei de novo pro presidente a preocupação com a nova safra. Com os preços atuais, o comprometimento de patrimônio e sem renda, a produção brasileira deve cair mais ainda”, disse Ademar Kochenborger.  

Na conversa com Heinze, houve uma cobrança muito forte dos produtores a respeito da composição de dívidas. A informação do senador é a de que o Governo não achou a fonte para tirar o recurso e subsidiar os 11% de juros, uma vez que a demanda do setor é de 4% para os 15 anos do acordo solicitado. “Precisa em torno de R$ 4 bilhões de subsídio do Governo para viabilizar a proposta”, avisa Kochenborger.

Segundo o dirigente da UCR, o senador Heinze anunciou que nos próximos dias o MAPA vai anunciar a liberação da compra de insumos, pelos arrozeiros brasileiros, nos países do Mercosul.

2 Comentários

  • Se puder comprar insumos agrícolas em outros países do Mercosul, os produtores brasileiros poderão competir em igualdade com os demais.

  • Será mesmo que o governo Bolsonaro conseguirá fazer o milagre de resolver a crise arrozeira, que já dura décadas??????
    Sinceramente, não acredito em milagres.

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