Arrozeiros entram com ação contra importações

Ministério da Indústria e Comércio recebe a petição.

Os procuradores da Federação das Associações dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) entram hoje no Departamento de Defesa Comercial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic) com uma petição administrativa para que sejam adotadas salvaguardas contra as importações de arroz do Brasil. A ação prevê taxação de 50% das importações em 2005 e afeta principalmente o Mercosul, que exporta para o Brasil cerca de 1 milhão de toneladas ao ano.

As lideranças esperam um posicionamento rápido do governo federal. No máximo até o fim de fevereiro, quando começa a colheita da nova safra, explicou o presidente da Federarroz, Valter Pötter. Entre 2006 e 2009, poderia ser mantida a taxação ou serem adotadas cotas de ingresso. Nesse período, os arrozeiros prometem promover ‘ajustes’, aumentando a produtividade e reduzindo custo, mas querem ação do governo federal na eliminação de disparidades no bloco.

O vice-presidente da Farsul, Francisco Schardong, uma das entidades que apóia a petição, avalia que, no caso de demora, futuros prejuízos aos produtores passarão a ser responsabilidade do governo. ‘Não podemos começar a colher com essa situação de hoje.’ Pötter acrescenta que a salvaguarda é uma das formas de proteger o produtor, que estaria tendo prejuízo de R$ 9,00 a saca de 50 quilos. Hoje, o custo de produção pela Conab é de R$ 32,00 a saca, mas o preço de venda está em R$ 23,00. Pötter diz que os preços estão baixos porque o Brasil segue importando arroz mesmo tendo atingido auto-suficiência produtiva.

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