Arrozeiros gaúchos mantêm mobilização em Itaqui

Bloqueio de caminhões argentinos deve receber reforço de mais 400 produtores.

Produtores de arroz do Rio Grande do Sul mantém nesta terça a mobilização nas estradas de acesso ao porto seco de Itaqui, na fronteira oeste do estado. Os arrozeiros impedem a saída de seis caminhões com 180 toneladas de arroz argentino, vindos de Paso de los Libres, que estão parados desde ontem no pátio da aduana. Ao longo do dia, os rizicultores devem receber reforços de São Borja, Quarai, Alegrete e Uruguaiana.

O presidente da Associação dos Arrozeiros de Itaqui, Manoel Vargas, disse que mais 400 produtores da região devem aderir ao bloqueio, por tempo indeterminado, que começou ontem com 100 manifestantes.

– Enquanto não recebermos um comunicado oficial para suspender o bloqueio, ficaremos aqui – afirmou o dirigente.

Segundo o presidente da Associação dos Arrozeiros de São Borja, Pablo Silva, mais 18 carretas com arroz da Argentina e do Uruguai estão preparadas para ingressar no Brasil, pelo Porto de Itaqui. A Brigada Militar gaúcha mantém policiamento no local, a pedido do consulado argentino. Os produtores pediram a intercessão da Justiça para evitar o uso da força policial.

O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros no Estado (Federarroz), Valter José Pötter, explicou que os agricultores gaúchos vendem a saca de 50 quilos de arroz a R$ 20 e o custo de produção é de R$ 30. Segundo ele, o arroz da Argentina e do Uruguai é vendido por menos de R$ 20. O dirigente está brigando pelo adiamento do pagamento do custeio das lavouras do grão – as primeiras parcelas venceram no dia 15 – e mudanças nos leilões de contratos de opção do produto.

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