Arrozeiros pedem medidas do governo
nquanto o produto nacional tem de pagar ICMS, PIS e Cofins, que oneram seu preço em cerca de 14%, o arroz importado da Argentina, Uruguai e Paraguai entra livre de impostos no Brasil.
Os integrantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz deverão encaminhar, nos próximos dias, ao ministro Reinhold Stephanes, um documento com reivindicações dos produtores e das indústrias do setor.
Segundo o presidente da câmara setorial, Francisco Lineu Schardong, o maior problema do setor é a concorrência com o Mercosul. Enquanto o produto nacional tem de pagar ICMS, PIS e Cofins, que oneram seu preço em cerca de 14%, o arroz importado da Argentina, Uruguai e Paraguai entra livre de impostos no Brasil.
Outro fator que eleva o custo da produção brasileira é o preço dos insumos, do óleo diesel e do maquinário agrícola que, segundo Schardong, custam até 40% menos nos países citados.
Tanto a indústria quanto os produtores consideram a concorrência do Mercosul o principal problema para a comercialização do produto brasileiro. No documento ao ministro Stephanes, o setor vai pleitear medidas que garantam condições de competitividade ao arroz nacional.
Representantes dos produtores gaúchos argumentaram que embora a produtividade das lavouras tenha crescido nos últimos três anos – em função de condições climáticas favoráveis – o endividamento dos orizicultores também aumentou, devido aos baixos preços de comercialização.
Durante encontro realizado este mês no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), foram discutidos também problemas no armazenamento dos estoques públicos de arroz e a portaria de classificação do produto que está em análise pelos técnicos do Mapa. Até o final de agosto próximo, o documento será submetido à discussão dos diversos segmentos da cadeia produtiva do arroz.