Arrozeiros pedem R$ 220 milhões para recuperação das lavouras

Os prejuízos causados até agora pelas chuvas devem obrigar os orizicultores gaúchos a replantarem cerca de 70 mil hectares com a cultura.

Os prejuízos causados até agora pelas chuvas devem obrigar os orizicultores gaúchos a replantarem cerca de 70 mil hectares com a cultura. Para isso, representantes do setor produtivo solicitaram ontem ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, recursos de R$ 220 milhões. Esse valor também será destinado para recomposição de barragens e estradas e para plantação de áreas que estão paradas por causa do mau tempo, que equivalem a 300 mil hectares. “Precisamos desses recursos para ontem”, disse o presidente do Irga, Maurício Fischer.

No total, foram semeados 732 mil hectares, dos quais 240 mil estão alagados. A área total a ser plantada no Estado é de 1,5 milhão de hectares.

O presidente da Federarroz, Renato Rocha, informou que foi solicitado um valor extra de R$ 1,45 mil por hectare por produtor para replantio e de R$ 500,00 por hectare para produtores de áreas alagadas que ainda não iniciaram a plantação. O presidente do Irga acredita que, caso as chuvas cessem e os produtores consigam plantar os 300 hectares que ainda faltam, a quebra no arroz deva ser de 1 milhão de toneladas. “No entanto, se as lavouras continuarem alagadas, impossibilitando o plantio da área que falta, é bem possível que se confirmem os números divulgados pela Farsul”, disse. Do montante solicitado, cerca de R$ 70 milhões serão destinados pelo Banco do Brasil a título de custeio antecipado ao produtor.

A situação dos arrozeiros do Estado está crítica, na avaliação do secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, João Carlos Machado, que também participou da comitiva. “Apesar de a cultura ser dependente de muita água, as chuvas atrapalharam o processo porque é necessária a utilização de defensivos antes do momento da irrigação, o que não ocorreu em muitos casos.”

Os produtores entregaram ao ministro uma lista de reivindicações como redução em 50% a taxa de juros do custeio das culturas de verão para a safra 2009/2010 em razão da gravidade da situação atual e prorrogação das parcelas de financiamento de investimentos vincendas em 2010.

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