Arrozeiros terão R$ 500 milhões em EGFs

Federarroz participa da solenidade de anúncio dos recursos, que são 25% maiores do que no ciclo passado.

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) participou, nesta terça-feira, do anúncio da liberação de R$ 500 milhões em Empréstimos do Governo Federal (EGFs), para financiar a comercialização da safra gaúcha. O anúncio aconteceu na Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio, no final da manhã. Segundo o presidente da Federarroz, Renato Rocha, estes recursos disponibilizados por contrato, via Banco do Brasil, são importantes mecanismos de sustentação de preços na safra.

O limite é de R$ 400 mil por produtor, com juros de 6,75% a.a. O período de contratação começa já nesta quarta-feira nas agências do banco e são válidas até julho. O setor e o Banco do Brasil acertaram as condições dos contratos numa audiência dia 26 de janeiro, em Porto Alegre/RS.

Na ocasião a Federarroz solicitou que fosse mantido o prazo de 180 dias para pagamento, a critério do produtor, ou com parcelamento a partir de 120 dias. Também foi pedido que o valor de referência, seja o de garantia do preço mínimo: R$ 25,80.

Outra demanda da Federarroz é de que o penhor da operação seja de um por um. Normalmente o banco pede 1,25 saca de arroz de garantia para emprestar o equivalente a uma saca. Também foi solicitado a utilização da margem disponível do limite total de custeio (custeio + comercialização), descontando o financiamento da safra passada.

– O EGF é importante porque alivia a pressão no momento mais crítico da comercialização, logo após a colheita, o que sempre foi um fator que provocou a queda dos preços no mercado em razão da oferta – explica.

Com o EGF, o produtor financia a comercialização, ou seja, paga suas contas mais imediatas e quita o empréstimo no segundo semestre, quando o produto costuma estar mais valorizado.

O anúncio da liberação dos recursos foi feita pelo superintendente Estadual do Banco do Brasil, Ary Joel Lanzarim, e o gerente de Agronegócios da Superintendência do BB no Rio Grande do Sul, José Kochhann Sobrinho, acompanhados pelo Secretário Estadual da Agricultura, João Carlos Machado e pelo Superintendente do MAPA, Francisco Signor.

Segundo Renato Rocha, presidente da Federarroz, o anúncio é positivo e oportuno, antecedendo em uma semana o ato de lançamento oficial da 19ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, dia 19, na Farsul.

– O anúncio foi muito positivo. A medida dá tranqüilidade e segurança ao mercado, que vive um momento de estabilidade, mas poderia estar subindo – explica.

Rocha lembrou que os R$ 500 milhões atendem à demanda levada pelos arrozeiros gaúchos à Brasília no final de 2008.

– Agora aguardamos os demais mecanismos do governo federal, que são o Pepro e contratos de opção, caso se façam necessários – avisa.

Além dos representantes do Banco do Brasil, do secretário Estadual da Agricultura, do superintendente do MAPA e do presidente da Federarroz, estavam presentes ao anúncio dos recursos para a safra: os assessores técnicos da Farsul, Ivo Lessa e Amilcar Moreira, o presidente do Irga, Maurício Fischer, o diretor comercial, Rubens Silveira, e o vice-presidente de Mercado, Marco Aurélio Marques Tavares, entre outras autoridades setoriais.

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