Assembleia aprova texto que regula aviação agrícola no Rio Grande do Sul

 Assembleia aprova texto que regula aviação agrícola no Rio Grande do Sul

(Por Assembleia Legislativa) Por 31 votos favoráveis e 12 contrários, a Assembleia Legislativa gaúcha aprovou ontem o projeto de lei 442/2023, que declara a aviação agrícola utilizada para pulverização de lavouras com agrotóxicos “de relevante interesse social, público e econômico”. O texto foi apresentado por 24 deputados encabeçados por Marcos Vinícius (PP), na esteira da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de delegar aos estados o poder de legislar sobre o assunto.

Parlamentares de apenas três partidos de oposição de esquerda – PT, PC do B e PSOL – se contrapuseram à proposta. Entre governistas, independentes e bancada da direita, o projeto obteve unanimidade, com votos de PDT, União Brasil, PRD, PP, Podemos, Republicanos, MDB, PSDB, PL, Novo e PSD. Presente à sessão, o deputado Elton Weber (PSB) não votou.

Uma das vozes dissonantes, o petista Adão Pretto Filho diz que esperava “um pouco mais de consciência” do parlamento gaúcho no tema dos agrotóxicos pulverizados por aviões. O deputado afirmou que o governo de Eduardo Leite (PSDB) “abraçou a proposta”, em um estado que está entre os maiores utilizadores desses insumos químicos no país. O Rio Grande do Sul é uma das sete unidades da federação que mais aplicam agrotóxicos por hectare.

Para Marcos Vinicius, um dos autores do texto, os adversários da proposta teriam “dados e elementos equivocados”. “Penalizar a aviação agrícola é o mesmo que tentar proibir o transporte de cargas, no Brasil ou no estado, porque um motorista cometeu uma infração de trânsito”, disse.

Em nota emitida no domingo, a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) já havia se manifestado contrariamente à proposta. Dos produtos químicos utilizados em áreas de cultivo, segundo a entidade, “uma parte atinge o alvo, mas outra parte vai atingir o que está nas proximidades, como as águas dos rios e nascentes, as matas, a fauna e a flora, as comunidades, as escolas, estradas etc”.

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter