Assentados abrem a colheita do arroz agroecológico gaúcho

 Assentados abrem a colheita do arroz agroecológico gaúcho

Assentados respondem por 90% do arroz agroecológico produzido no RS

Para a safra 2015/2016 a estimativa dos assentados de Viamão é colher 125 mil sacas, numa área plantada de 1.600 hectares..

A colheita simbólica de 50 sacas de arroz marcou a 13ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz Agroecológico, realizada na última sexta-feira (18) pelos agricultores do Assentamento Filhos de Sepé, em Viamão, no Rio Grande do Sul. O evento reuniu cerca de 1.500 pessoas, entre assentados e acampados ligados ao Movimento dos Sem Terra (MST) de todo o estado.

Anterior à colheita, às margens da lavoura, o coordenador da Associação de Moradores do Assentamento Filhos de Sepé (AASIF), Moisés de Moura resgatou a história do assentamento, que em dezembro deste ano completa 18 anos e é considerado Território Livre de Transgênicos e de Agrotóxicos. Ele também falou sobre a luta por democratização da terra e a produção de alimentos no local, que hoje está direcionada para frutas, hortaliças, panifícios e arroz.

“Nós somos a prova de que a Reforma Agrária dá certo. Hoje, com a organização e o Grupo Gestor do Arroz Agroecológico temos todas as ferramentas necessárias para poder produzir e levar alimentos saudáveis às famílias do campo e da cidade”, disse.

Para a safra 2015/2016 a estimativa dos assentados de Viamão é colher 125 mil sacas, numa área plantada de 1.600 hectares. Já em todo o estado, a expectativa é colher em torno de 480 mil sacas de arroz, entre grãos e sementes.

O alimento é produzido por 556 famílias, em 17 assentamentos e 13 municípios.

Ato solene

Após a abertura oficial da colheita na lavoura, na Sede Comunitária do Setor A do assentamento foi realizado um ato solene com a presença de autoridades do município de Viamão, além dos ex-governadores do Rio Grande o Sul, Tarso Genro e Olívio Dutra, lideranças de outros movimentos populares e representantes dos governos estadual e federal.

O superintendente regional do Incra, Roberto Ramos, representando o governo federal, declarou que mais de 90% da produção agroecológica do RS vem de assentamentos do MST e que o arroz produzido pelas famílias assentadas é um dos principais produtos da reforma agrária.

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