Assentados gaúchos abrem colheita do grão agroecológico

O plantio do produto envolve 124 famílias de nove assentamentos dos municípios de Nova Santa Rita, Viamão, Guaíba, Eldorado do Sul, Tapes, além de Charqueadas.

Agricultores da área metropolitana de Porto Alegre (RS) iniciaram nesta sexta-feira (28) a colheita do arroz agroecológico produzido em assentamentos da região. O início dos trabalhos aconteceu no assentamento 30 de Maio em Charqueadas (RS).

O plantio do produto envolve 124 famílias de nove assentamentos dos municípios de Nova Santa Rita, Viamão, Guaíba, Eldorado do Sul, Tapes, além de Charqueadas. A estimativa para este ano é colher mais de 60 mil sacas nos 734 hectares plantados.

Um dos coordenadores da Cooperativa de Produção Agropecuária de Charqueadas (COPAC) e representante do assentamento, Leocir José Cazarotto, destacou a preocupação dos agricultores em produzir alimentos livres de agrotóxicos.

“Sofremos todo o processo de transição das técnicas convencionais da lavoura para hoje oferecermos ao mercado um produto de altíssima qualidade para a saúde humana”, comemora.

Na próxima quarta-feira (2), agricultores do assentamento Filhos de Sepé, em Viamão, também realizarão cerimônia simbólica do início da colheita de arroz orgânico. As 35 famílias que cultivam o produto esperam colher 14 mil sacas nesta safra.

Vida no campo qualificada A abertura da colheita de arroz ecológico nas proximidades da capital gaúcha foi prestigiada pelo diretor de Desenvolvimento de Projetos de Assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), César de Oliveira, pelo coordenador nacional do Programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária (Ates) do Incra, César Aldrighi, e pelo superintendente regional do Incra/RS, Mozar Dietrich.

Oliveira parabenizou os assentados pela preocupação social e ambiental ao desenvolverem uma produção totalmente agroecológica.

– O alimento produzido por vocês prova que a reforma agrária é o caminho para a soberania do Estado brasileiro. A Copac afirma o modelo coletivo e sustentável de organização que precisamos – disse.

Para o superintendente do Incra/RS, a assistência técnica prestada aos assentados busca qualificar a vida no campo.

– São experiências como esta que nos mostram a importância da reforma agrária para o desenvolvimento rural sustentável – declarou Dietrich.

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